Em setembro de 2015, o mundo foi abalado pela fotografia de uma criança, Alan Kurdi, um refugiado sírio que jazia à costa turca, uma consequência trágica da guerra em sua terra natal e da decisão de sua família de buscar refúgio no exterior. A busca por uma vida segura terminou em tragédia para a família Kurdi e sua imagem foi e continua sendo um alerta para o mundo. Eu procrastinei mais de uma semana para publicar este vídeo. Posto? Não posto? O dilema surgiu do fato de que se algo me machuca, certamente machucará outras pessoas. Postei! |
Ainda que alguém tenha me chamado de "viadão" dias atrás por ocultar links com conteúdos sensíveis, penso que cada um deva vê-los segundo a sua opinião, mas, como nesse caso, acho que temos que nos lembrar, às vezes, do que aconteceu com os Alans da vida. É muito fácil fechar os olhos para algo que está acontecendo a muito tempo.
Na semana passada, o Observatório Internacional de Direitos Humanos (IOHR) publicou quatro novos filmes. O que eu escolhi para incluir no Mdig é uma entrevista com a tia do pequeno Alan, Tima. Não vou fingir que isso não vai incomodar você. Provavelmente vai ressoar porque todos nós perdemos entes queridos e falar sobre eles muitas vezes machuca muito.
No entanto, Tima Kurdi é uma senhora que escolheu falar sobre um membro de sua família que nunca experimentará a alegria de aprender a ler e escrever, nunca experimentará o primeiro dia na escola, o primeiro beijo, a primeira lição... as primeiras vezes são infinitos.
Como o início do filme indica: podemos simplesmente não pressionar o Play ou pressionar o Stop. Entretanto, isso está acontecendo com famílias em todo o mundo diariamente. Tima acredita que os milhões de refugiados em todo o mundo estão nessa situação porque muitos países, exercendo seus podres poderes, têm uma responsabilidade direta por alimentar a guerra na Síria. Ela não está de todo errada.
A IOHR espera que, concentrando-se nas situações em que os refugiados se encontram e prestando tributo àqueles que perderam suas vidas, como Alan, esta entrevista nos ajude a recuperar o senso pessoal quando refletirmos sobre a terrível crise enfrentada por eles.
Se você quiser assistir aos outros três vídeos desta série, visite o canal do IOHR no YouTube.
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Comentários
Eu devo tá muito cascudo! Não senti absolutamente nada vendo o vídeo.
Tudo bem, não vi inteiro, achei entediante.
Mas a foto é impactante. Ela causa tristeza. =/
Admin, não te chamei de "viadão" (kkkkk), mas gostei da sua postura, por isso vou desbloquear o seu detector de adblock e o próprio adblock.
Prometo até clicar numas propagandas as vezes.
Tão triste quanto algumas histórias de um lado, é a omissão e o silencio que o outro lado não sofre perdas desumanas tambem.
Muito triste é a manipulação por todas as partes envolvidas, direta e indiretamente, do sofrimento alheio por parte sobretudo da midia ocidental e seus poderosos governos.
Não é de hoje nem de ontem que acompanho diariamente esse conflito, tenho lado !, todos podem ter, o que não se pode é ignorar, se enganar e enganar os outros que só um lado é mal e faz tudo de ruim.
Não existem santo nessa história nem neste conflito, existe vitimas, deste e do outro lado também.
Triste.... Ainda....