Existem casos médicos tão atípicos, com um número tão baixo de exemplos na literatura médica, que a maioria dos especialistas só viram nos livros. Foi isto o que ocorreu quando uma mulher de 55 anos chegou a uma consulta com a língua completamente escura. A mulher tinha uma patologia bucal conhecida como língua negra pilosa, e ainda que poderia parecer, não se tratava do crescimento de pelos na língua. Segundo o doutor Yasir Hamad, que a atendeu, era o primeiro caso que presenciava em sua carreira. |
A paciente deu entrada em um hospital de Washington após um acidente de carro que lhe causou danos em ambas as pernas. Quando seus ferimentos se infectaram, ela foi colocada sob um tratamento intravenoso que continha um antibiótico chamado minociclina.
Uma semana depois, sua língua começou a ficar escura junto com episódios de náuseas. Ademais, a mulher dizia sentir um sabor terrível na boca. Como dizíamos, diferente do nome sugestivo, a língua negra pilosa não tem realmente pelos no sentido comum. O termo refere-se aos pequenos nódulos em nossas línguas, denominadas papilas filiformes, que contêm papilas gustativas em sua superfície superior.
Quando um paciente desenvolve esta patologia, as papilas começam a inchar, desde ao redor de um milímetro até os 18 milímetros. À medida que estas papilas crescem, juntam pequenos fragmentos de comida entre elas, que acabam apodrecendo devido a ação de bactérias e outros micróbios. Isto é finalmente o que transforma a superfície da língua nessa cor escura.
Antes e após a doença.
Não obstante, os cientistas ainda não estão seguros do motivo da evolução deste peculiar efeito secundário, ainda que não seja algo que cause muita preocupação. É altamente infreqüente e bastante inofensivo, e é mais provável que ocorra em pessoas com condições médicas específicas, idosos ou aqueles com parca higiene oral, bem como pela ingestão de antibióticos e tabagismo.
Ademais, também não tem efeitos conhecidos a longo prazo, e há várias maneiras de tratamento, desde a hidratação e salivação, abandonar o fumo, escovação da língua com uma escova de cerdas macias e/ou aplicação de retinóides tópicos ou ácido salicílicos. Em casos extremos, alguns médicos recorrem à incisão cirúrgica.
Fonte: SciAl.
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