Agente funerária propõe uma nova prática de enterros que nutriria o planeta

Conhecida na cena internética como Mortícia, Caitlin Doughty, de 33 anos, vê gente morta... o tempo todo. Mas diferente do personagem Cole Sear de "O Sexto Sentido", ela vê mortos em carne, osso e, eventualmente, cinzas. Segundo dica do amigo Rusmea no Facebook, Caitlin tem uma agência funerária em Los Angeles, cuja proposta de velórios e enterros é fazer com que sejam parecidos com os de antigamente e que explora novas maneiras de nos prepararmos para a inevitável mortalidade.

De fato, ela também, participa de um coletivo conhecido como "Ordem da Boa Morte", onde profissionais de áreas distintas tem uma proposta de quebrar o silêncio em torno do tema, verdadeiro tabu. Nesse sentido, sobressai uma ideia muito criativa que visa mudar totalmente os rituais funerários e o enterro (ou cremação) da forma que conhecemos hoje.

Eu, por exemplo, escolhi a cremação e já tenho meu forninho contratado para o decúbito final, não por questões ecológicas se não porque tenho verdadeiro cagaço de ser enterrado vivo. Mas certamente optaria facilmente por esta proposta que envolve decompor o corpo e misturá-lo com terra em uma classe de adubo orgânico. Seria uma forma do pó de estrelas voltar à Terra de uma maneira ecológica, humilde e autoconsciente. (O seguinte vídeo tem legendas em Português)