Você deve se lembrar do famoso caso da grávida de Taubaté, Maria Verônica, que enganou o Brasil inteiro com sua falsa gravidez de quadrigêmeos em 2012. Pois dessa vez aconteceu na Colômbia com uma mulher de 37 anos chamada Antonela Santiago Padilla, que recentemente chocou todo o país depois de fingir sua gravidez por nove meses e criar uma história digna de um filme para explicar a ausência de um bebê em sua data de parto. Maria Verônica que ria chamar a atenção da família, já Antonela fez de tudo para impedir que seu companheiro a deixasse. |
Antonela e seu parceiro Victor se conheciam desde que eram adolescentes aos 14 anos, no norte de Barranquilla. A vida os separou por um longo tempo, mas muitos anos depois, Victor ligou para falar sobre seu irmão, que havia falecido. Ela começou a escrever para ele em setembro do ano passado, e logo o relacionamento deles ficou mais forte e mais próximo.
No entanto, Antonela sabia que ele estava envolvido com outra mulher e não queria separá-los. Victor continuou dizendo que ele e sua companheira não estavam se dando bem e que iriam se separar em breve. Então eles começaram seu relacionamento romântico em dezembro de 2017. Mas Antonela não estava convencida de que Victor havia se esquecido da ex e foi essa insegurança, segundo ela, que a fez criar essa farsa elaborada que deixou todos boquiabertos.
- "Era tudo falso, sim, inventei tudo e fiz por amor, por medo de perder a pessoa com quem me importava, temer que ele ficasse com ela, por isso fiz e assumo a total responsabilidade", disse Antonela ao jornal colombiano El Heraldo.
Então, o que exatamente essa mulher fez? Bem, consumida pelo medo de que Victor a deixasse e fosse assediado por sua ex, que dizia ser Antonela o motivo da separação, ela começou a planejar uma forma de manter o companheiro ao seu lado. A mãe de dois filhos -um casal de 13 e 14 anos- sabia que Victor não tinha filhos, e pensou que, se pudesse pelo menos oferecer a ilusão que daria um filho a ele, tornaria o relacionamento deles mais forte.
- "Um dia, em janeiro, eu disse a ele que estava grávida e ele inocentemente acreditou em mim", disse Antonela aos repórteres.
A reação do homem à notícia de que finalmente seria pai foi tão efusiva que Antonela afirma que isso começou a afetá-la psicologicamente. A felicidade em seus olhos, sua voz quando ele a chamava de "mamãe", tudo isso distorcia a realidade ao ponto em que, mesmo sabendo que não existia nenhuma gravidez, ela começou a experimentar sintomas bizarros.
- "Honestamente, tudo era como uma gravidez psicológica e quando isso acontece, sua barriga fica maior, você começa a sentir coisas que você não deveria, como quando ele me chamava de 'mamãe', eu senti o bebê se mexer", diz Antonela. - "Senti náuseas, queria vomitar, sentia tontura, tinha desejos, às vezes queria comer tilápia, tudo era psicológico."
É aqui que a história fica estranha. De acordo com algumas fontes, Antonela enganou seu companheiro e todos os seus parentes, utilizando uma fronha sob as roupas e enchendo-a de trapos para fazer parecer que estava crescendo.
- "Ela tinha barriga, era pequena, mas nunca levantou suspeitas. Meu filho morava com ela, dormiam juntos. Mas ele nunca tocou na barriga dela ou tentou se relacionar com o bebê", disse a mãe de Victor. - "Nós nunca suspeitamos de nada porque, embora a barriga dela fosse pequena, algumas mulheres grávidas não têm barriga grande, então não achamos que fosse algo estranho."
No entanto, Antonela disse recentemente que nunca usou uma almofada ou qualquer outra coisa para aumentar sua barriga. Ela afirma que teria sido impossível enganar seu parceiro por tanto tempo. Afinal, eles dormiam na mesma cama, e ele frequentemente tocava a barriga dela.
Mas ela admite ter enganado tanto Victor quanto ambas as famílias, fazendo consultas médicas falsas e até mesmo produzindo evidências falsas de sua gravidez, como um ultrassom baixado da internet.
- "Quando eu fazia consultas médicas, eram, na verdade, exames médicos como citologia ou clínica geral, não exames de gravidez", admitiu a mulher de 37 anos. - "Victor muitas vezes disse que ia comigo, mas eu sempre arrumava uma desculpa para impedi-lo de ir, dizendo para que não se preocupasse, pois estava indo com a minha irmã e coisas assim."
De alguma forma, toda essa história falsa da gravidez funcionou durante os nove meses inteiros, e amigos e familiares já haviam preparado um chá de bebê para celebrar o nascimento de Mariangel, como Victor chamava a garota que ainda não havia nascido. Mas à medida que a data do parto se aproximava, Antonela começou a elaborar um plano para explicar por que não haveria bebê nenhum.
Na manhã do dia 22 de setembro, Antonela saiu com sua irmã para comprar um berço, fraldas e outras coisas para a pequena Mariangel. O parto estava programado para mais tarde naquele mesmo dia. Só que logicamente não havia nada programado.
Na verdade a mulher perambulou pelas ruas da cidade aquela tarde inteira sem saber o que fazer para sair daquele nó em que ela mesma havia se metido. Não tinha forças para enfrentar o "monstro" em que se converteu aquela farsa e enquanto isso, em casa, sua família agoniada, esperava uma chamada sobre seu paradeiro. No fim da tarde, sempre segundo a mulher, ela decidiu ir até uma igreja para perguntar a Deus o que fazer.
- "Estive um momento ali, orei, depois sai caminhando de novo até que decidi ligar para Victor", contou.
Com voz de pranto e angústia, Antonela rogou a Víctor que fosse buscá-la sem antecipar nada do ocorrido. Quando ele chegou, a primeira coisa que perguntou foi pela bebê:
- "Ele dizia: 'Amor, pelo amor de Deus onde está a bebê? Onde está?' E foi quando eu lhe disse que não estava, que a levaram de mim."
Ela afirmou que foi sequestrada por homens mascarados que a empurraram para dentro de um carro, onde deu à luz através de uma cesariana e logo em seguida roubaram a bebê. Ela disse que acabara de ser liberada por seus captores, minutos antes de ligar para Victor para buscá-la. Quando ele perguntou mais uma e outra vez o que havia acontecido com a bebê, ela disse que ele havia sido levada por traficantes de órgãos.
Apesar de ter se recusado a ir ao hospital para verificar uma possível complicação com o "parto", Victor conseguiu levá-la à maternidade e também notificou a polícia sobre o crime. Uma operação para capturar os supostos traficantes de crianças foi iniciada e os funcionários do hospital correram para ajudar a pobre mãe.
Entretanto, todos começaram a duvidar da história de Antonela, depois que uma avaliação do hospital mostrou que ela não havia sofrido cortes consistentes que indicassem uma cesariana forçada. Um exame de sangue não mostrou vestígios de sedativos em seu corpo, e também não encontraram nenhuma evidência de que estivesse grávida.
Antonela continuava insistindo que estava grávida e que os membros da gangue a sequestraram e arrancaram o bebê da sua barriga, embora as evidências contra fosses esmagadoras. No entanto, na entrevista publicada pelo El Heraldo, ela admite que mentiu sobre o bebê que teria sido retirado de seu útero, mas insiste que foi realmente sequestrada por membros de uma gangue em 22 de setembro e que todo o seu dinheiro foi roubado.
Depois de conversar com médicos e policiais, Victor implorou a Antonela que lhe dissesse a verdade, que ela não podia mais continuar mentindo.
- "Ele me implorou para dizer a verdade, para dizer a ele se era verdade, e eu não conseguia olhá-lo nos olhos, me doía vê-lo assim", disse a mulher. - "Quando cheguei em casa, contei tudo. Disse o que fiz, falei sobre minha insegurança, meus medos, meu amor... nós choramos juntos."
Antonela admite que Victor se sente magoado com o que ela fez, e que ele pediu um tempo para se recuperar do recente choque, mas ela afirma que eles ainda estão juntos e conversam diariamente. Atualmente, a mulher está vendo um psicólogo para lidar com as consequências da farsa que manteve por tanto tempo.
- "Ele me disse que eu sou uma pessoa consciente e centrada (não é não), e que o que fiz foi por um ato de amor, que sou uma pessoa normal (também não), mas pelo medo de perder alguém que amo, ocorreu tudo isso."
Filho nenhum mantém um casamento ou uma relação. Não há necessidade de mentir. Se alguém te ama como tal, vai te aceitar tal e qual é, sem que seja necessário causar danos às pessoas que você diz amar.
- "Ele disse para mim 'Eu me sinto ridicularizado, como um palhaço, por que você brincou com meus sentimentos?" contou Antonella. - "Se você estivesse ou não grávida, eu não ia deixar você nunca, porque eu te amo... aliás nem sei..."
Coitado deste cara!
Fonte: El Heraldo.
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