A humanidade eliminou ao menos 60% dos mamíferos, aves, peixes e repteis desde 1970, o que propiciou que especialistas mais destacados do mundo advirtam que a aniquilação da vida silvestre é uma emergência. A nova estimativa deste massacre da vida silvestre foi realizada por um relatório concebido pela WWF; ainda que na atualidade seja um ato de fé acreditar no que proclama esta organização, acusada de vender "esverdeamento" para grandes corporações, o relatório envolve a pesquisa de um painel de 59 cientistas de todo mundo. |
Muitos cientistas acham que começou uma sexta extinção em massa, a primeira causada por uma espécie animal: o Homo sapiens. Outras análises recentes sugerem que a humanidade destruiu 83% de todos os mamíferos e metade das plantas desde a alvorada da civilização e que, inclusive se a destruição terminasse agora, o mundo natural demoraria entre 5 e 7 milhões de anos para se recuperar.
Segundo o programa científico de Avaliação dos Ecossistemas do Milênio, fomentando pelas Nações Unidas, diariamente extinguem-se entre 150 e 200 espécies. A principal causa de perdas de vida silvestre é a destruição de habitats naturais, em grande parte para criar terras agrícolas.
Três quartos de toda a terra agora está significativamente afetado pela atividade humana. A criação de gado é a seguinte causa principal, enquanto os oceanos são explorados de forma desmedida. A região mais afetada é a América do Sul e Central, que tem como testemunha uma queda de 89% nas populações de vertebrados, em grande parte impulsionada pela devastação de grandes áreas de floresta ricas em vida silvestre.
Fazenda de gado em Mato Grosso.
Hoje em dia, mais de 77% da terra, excluindo a Antártida, e 87% do oceano sofreram modificações pelos efeitos diretos das atividades humanas. Não é a primeira vez que a Terra, não obstante, enfrenta a extinções em massa. A primeira ocorreu faz 443 milhões de anos, e acabou com 85% das espécies.
Na segunda, há 360 milhões de anos, desapareceram 75% das espécies. A terceira, faz 250 milhões de anos, foi a pior extinção de todas, pois terminou com 96% das espécies: foi tão abrangente que é conhecida como a Grande Agonia. A quarta, 200 milhões de anos (80%). A quinta, por culpa de um asteróide, erradicou 76% das espécies animais e vegetais da Terra.
A vida sempre deu um jeito e continuou adiante, contumaz, mas talvez não sobreviva à chamada sexta extinção. Segundo Tanya Steele, diretora executiva de WWF:
- "Somos a primeira geração em saber que estamos destruindo nosso planeta e a última que pode fazer alguma coisa a respeito."
Fonte: Guardian.
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