A guerra é hoje um elemento alheio à maior parte das nações do planeta, ao menos desde o ponto de vista clássico. São poucos hoje os conflitos existentes entre um punhado de facções, organizadas em torno de um exército próprio, pela disputa de um território. Aqueles definíveis como tais, como a síria ou a afegã, são com frequência fenômenos caóticos, difíceis de compreender e repletos de atores a pequena e grande escala. Daí que para o resto do planeta, a "guerra" seja mais uma evocação fantasmagórica do que uma realidade. |
E dadas as circunstâncias, cem anos após a Grande Guerra, quantos cidadãos estariam dispostos a dar sua vida por sua pátria? Foi a pergunta que Gallup fez há um par de anos em uma macro-pesquisa mundial sobre as atitudes nacionais em torno da guerra, e os resultados são bem surpreendentes.
Como era de esperar, as brechas são notáveis ao longo e ao largo do planeta. A região menos tentada a pegar um fuzil em defesa da pátria é a Europa Ocidental: apenas 25% dos pesquisados lutaria por seu país. Mas o país na rabeira da fila é o Japão, onde apenas 11% iria à guerra. Dados os traumas do país nipônico, a estigmatização do nacionalismo bélico e o progresso material de sua sociedade, é uma percentagem lógica. Contra quem teria que lutar?
Quanto mais vermelho, maior a disponibilidade.
Na Ásia, em media, 71% dos pesquisados se declararam-se dispostos a ir à frente por seu país. Mais de 80% dos cidadãos paquistaneses, bengalis e vietnamitas marchariam à frente se sua nação pedisse. Na Índia (75%), Filipinas (73%), Tailândia (72%), China (71%) e Indonésia (70%) as percentagens também são altíssimas. Que têm todos em comum? O conflito geopolítico mais explosivo de todo mundo: a luta pelas águas do Mar da China Meridional.
O brasileiro mais ou menos iria à guerra para defender a nação, com 48% indicando que estariam dispostos a pegar em armas se isso fosse necessário. Já os portugueses não querem saber de conflitos, apenas 28% o faria se fosse necessário.
As duas nacionalidades mais dispostas a partir a cara por seu país, verdadeiros entusiastas bélicos, são os marroquinos e fijianos: ao redor de 94% se alistariam no exército se a situação requeresse.
Rank | País | % |
1 | Marrocos | 94 |
2 | Fiji | 94 |
3 | Paquistão | 89 |
4 | Vietnã | 89 |
5 | Bangladesh | 86 |
6 | Azerbaijão | 85 |
7 | Papua | 84 |
8 | Afeganistão | 76 |
9 | Geórgia | 76 |
10 | Índia | 75 |
11 | Finlândia | 74 |
12 | Peru | 73 |
13 | Filipinas | 73 |
14 | Tailândia | 72 |
15 | Armênia | 72 |
16 | China | 71 |
17 | Indonésia | 70 |
18 | Cazaquistão | 69 |
19 | Quênia | 69 |
20 | Israel | 66 |
21 | Líbano | 66 |
22 | Panamá | 64 |
23 | Malásia | 63 |
24 | Ucrânia | 62 |
25 | Peru | 61 |
26 | Colômbia | 61 |
27 | Federação Russa | 59 |
28 | Kosovo | 58 |
29 | México | 56 |
30 | Territórios palestinos | 56 |
31 | Suécia | 55 |
32 | Bósnia e Herzegovina | 55 |
33 | Equador | 54 |
34 | Grécia | 54 |
35 | Nigéria | 50 |
36 | Brasil | 48 |
37 | Polônia | 47 |
38 | Sérvia | 46 |
39 | Estados Unidos | 44 |
40 | Argentina | 43 |
41 | Coreia do Sul | 42 |
42 | Letônia | 41 |
43 | Suíça | 39 |
44 | Macedônia | 38 |
45 | Irlanda | 38 |
46 | Romania | 38 |
47 | Dinamarca | 37 |
48 | Canadá | 30 |
49 | Austrália | 29 |
50 | França | 29 |
51 | Portugal | 28 |
52 | Reino Unido | 27 |
53 | Islândia | 26 |
54 | Bulgária | 25 |
55 | Hong Kong | 23 |
56 | República Checa | 23 |
57 | Espanha | 21 |
58 | Áustria | 21 |
59 | Itália | 20 |
60 | Bélgica | 19 |
61 | Alemanha | 18 |
62 | Países Baixos | 15 |
63 | Japão | 11 |
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Comentários
fight!
Sabrina, os EUA não se lascam pela democracia global. Eles estão apenas defendendo seus interesses.
Nascí em Portland em Maine na América do Norte mas, sou registrada como brasileira num Cartório do Brasil e como filha da América digo e repito, os ESTADOdS UNIDOS se lasca todo pela DEMOCRACIA GLOBAL