Um rei da Prússia usou a psicologia reversa com seus camponeses que se recusavam a comer batatas

As batatas são produtos básicos de muitas dietas pelo mundo, embora em algum momento não houvesse nenhuma fora da América do Sul. Em 1532, os espanhóis invadiram a terra que hoje conhecemos como Peru. Embora não tenham percebido na época, uma das coisas mais valiosas que encontraram lá foi a humilde batata. Em 1600, espalhou-se por toda a Europa, especialmente nos climas mais frios, onde muitas outras plantas não crescem.

Infelizmente, porém, nem todo mundo achava adequado para o consumo humano e era frequentemente usada apenas como ração animal. A Igreja Ortodoxa Russa chegou a bani-la simplesmente porque, naturalmente, não era mencionada na Bíblia.

Um fã particular da batata foi o rei Frederico II da Prússia, que alimentou suas tropas com ela em meados do século XVIII. No entanto, quando ele ofereceu batatas aos seus súditos durante a fome de 1774, eles não ficaram muito entusiasmados, tipicamente como base na seguinte declaração:

- "As coisas que não têm cheiro nem gosto, nem mesmo os cães as comerão, então, que utilidade elas têm para nós?"

Mesmo quando Frederico ameaçou cortar o nariz e as orelhas de qualquer camponês que não plantasse batatas, eles ainda se recusavam. Diante de uma provável impopular amputação em massa, Frederico mudou suas táticas para algo mais efetivo.

A nova abordagem de Frederico foi declarar a batata um vegetal da realeza e colocou guardas ao redor dos campos de "batatas reais", embora os guardas também tenham sido instruídos a não guardar as batatas muito de perto, senão apenas fingir que sim.

A população local, agora proibida de comer batatas, decidiu que, se fossem boas o bastante para o rei, certamente eram boas o suficiente para os camponeses. Esgueirando-se pelos "atentos" guardas, os moradores locais conseguiram roubar algumas plantas de batata e começaram a cultivar secretamente as suas próprias.

Não demorou muito para que houvesse um enorme mercado clandestino de batatas, que Frederico foi forçado a aceitar abertamente e, eventualmente, a legitimar magnanimamente.

A tática básica que Frederico usou foi uma combinação de exclusividade, escassez e prova social, um poderoso coquetel baseado no princípio de que queremos o que não podemos obter, especialmente quando os superiores estão usando.