As baratas estão evoluindo rapidamente para se tornarem resistentes a quase todos os tipos de inseticida e logo poderiam ser quase impossíveis de matar só com produtos químicos, segundo revela um estudo publicado na revista Scientific Reports. Segundo dica do amigo Rusmea, via FB, um grupo de pesquisadores expôs baratas comuns a diferentes tipos de produtos químicos durante seis meses e descobriram que as populações aumentaram ou se mantiveram estáveis. |
Em uma busca para determinar os melhores métodos de erradicação destes insetos, entomologistas da Universidade Purdue de Indiana, nos Estados Unidos, estabeleceram um experimento para avaliar sua resistência aos pesticidas em gerações sucessivas e analisaram concretamente a espécie mais comum: a Blattella germanica, mais conhecida como barata-alemã (baratinha).
Os pesquisadores provaram diferentes inseticidas em colônias de baratas em vários edifícios de apartamentos dos estados de Indiana e Illinois por um período de seis meses. Um grupo delas foi exposto a três pesticidas que alternavam a cada mês, outro grupo esteve submetido a uma mistura de dois inseticidas pelos seis meses e para o último grupo utilizaram apenas um produto químico ao que os insetos tinham uma baixa resistência.
O melhor resultado foi atingido com o uso alternado de três pesticidas, que conseguiu manter estável à população de baratas. No entanto, nos outros casos as populações aumentaram e os cientistas descobriram que o problema piorava devido ao desenvolvimento de uma resistência cruzada nos insetos. Os descendentes das baratas nasceram tolerantes aos químicos aos quais foram expostos seus progenitores e inclusive a outros diferentes.
- "A resistência aumentava quatro ou seis vezes apenas em uma geração", disse Michael Scharf, líder da pesquisa. - "Não tínhamos nem ideia de que algo assim poderia ocorrer tão rápido", assegurou.
- "As baratas que desenvolvem resistência a múltiplas classes de inseticidas ao mesmo tempo farão que o controle destas pragas seja quase impossível só com produtos químicos", vaticinou Scharf.
O especialista assinalou que um enfoque de manejo integrado é fundamental para controlar as pragas, motivo pelo qual recomendou combinar os tratamentos químicos com armadilhas, saneamentos melhorados e aspiradores que possam eliminar os insetos.
As baratas são uma séria ameaça para a saúde, já que são portadoras de dezenas de bactérias, incluindo E. coli e salmonela. Sua saliva, fezes e partes do corpo que deixam para trás não só podem provocar alergias e asma, senão que também podem causar graves doenças em crianças.
Um bicho que pode viver semanas sem cabeça (só vai morrer devido a fome), que já dividiu a Terra com os dinos, que peida mais de 43 vezes o seu peso corporal médio, que pode resistir até a 20 mil rads e que agora se torna praticamente imortal é de dar muito medo. Como dizem, quando a barata voa qualquer coisa é chinelo.
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