O transistor: um documentário de 1953 sobre o invento que revolucionaria o mundo tecnológico

Este documentário da Bell System (atual AT&T) que data de 1953, explica o caminho que percorreram os transistores desde que apareceram os primeiros tubos (ou válvulas) de vácuo em 1907 e revolucionaram as comunicações até a invenção em 1947 do transistor propriamente dito, por parte de Moore, Noyce e Shockley, já fabricado com semicondutores utilizados na atualidade. O pequeno documentário celebra o advento do novo transistor e como suas capacidades beneficiariam o público em quase todas as facetas da vida cotidiana.

Feito entre a invenção do transistor em 1947 no Bell Labs e a concessão do Prêmio Nobel de Física a seus criadores em 1956, este documentário é menos sobre a descoberta em si do que sobre seu impacto antecipado na tecnologia e na sociedade.

No documentário dizem que um dos nomes avaliados para o invento era "audion", ainda que sabemos que também circularam nomes como "triodo sólido", "triodo de cristal", "iotatron", "triodo semicondutor" ou "triodo de estado de superfície". Ainda bem que escolheram sabiamente.

Eles acrescentam ainda que, embora o tubo de vácuo fosse revolucionário, havia algumas desvantagens, tornando o transistor mais preferível. As válvula esquentavam demais, por vezes queimando facilmente. É por isso que em dispositivos complexos os tubos deviam ser espaçados o suficiente para uma ventilação adequada.

Ao contrário, os transistores permaneciam frios -exceto os de potência que podiam ser resfriados com dissipadores de calor-, e podiam ser agrupados em um pequeno espaço. Também em tamanho, confiabilidade e robustez, o minúsculo transistor tinha muitas vantagens.

Foi assim que os transistores substituíram às válvulas por serem um componente mais confiável, resistente e barato, o que revolucionou as comunicações telefônicas, o rádio e a televisão. Entre outras aplicações futuristas lá por 1953 já falavam de que no futuro seria possível o chamado "rádio de Dick Tracy", um receptor completamente miniaturizado, que seria o que hoje em dia é uma mini-rádio FM ou um smartwatch, e também dos televisores portáteis.

Também explica, como não, que os transistores sem dúvida dariam lugar a máquinas calculadoras avançadas, autênticos cérebros eletrônicos que poupariam dias, meses ou anos de cálculos matemáticos. Bem-vindo PC!