Polícia americana está testando dispositivo 'Homem-Aranha' como alternativa ao taser

Apesar da pistola de choque integrar a categoria de armas não letais, os cardiologistas, em geral, discordam desta classificação dizendo que são armas menos letais, mas se mal utilizadas podem matar. O taser funciona através da descarga elétrica que paralisa o sistema neuromuscular bloqueando os sinais que o cérebro transmite para o corpo por pelo menos 5 segundos. Essa descarga pode resultar em problemas a uma pessoa drogada, alcoolizada ou cardíaca.

Nesse sentido, e segundo dica do amigo Rusmea, via Facebook, descobrimos que só no ano passado 49 pessoas morreram após serem atingidas por tasers. Preocupados com o número, os departamentos de polícia dos Estados Unidos estão testando um dispositivo semelhante ao do "Homem-Aranha", que dispara um cordão que enreda e prende o suspeito.

Chamado bolawrap, o dispositivo funciona como uma boleadeira que dispara um cordão de 2,4 metros contra um suspeito para enredar as pernas e impedir que ele fuja. Ele funciona em uma faixa de 4 a 6 metros.

- "Seja taser, spray de pimenta, bastão ... existe essa lacuna criada pelos tribunais exigindo que um nível de força maior seja usado apenas no momento apropriado", disse Tom Smith, presidente da Wrap Industries, que fabrica o dispositivo.

Smith, que anteriormente fundou a Taser International, agora Axon Enterprises, fez a Taser com seu irmão antes de sair para se juntar à Wrap Technologies. Ele disse que viu o sucesso do taser como prova de que havia apetite por mais ferramentas não letais no policiamento.

O bolawrap é um pouco maior que um telefone celular e foi projetado para caber facilmente no cinto da polícia. O cabo de fibra sintética sai do dispositivo a cerca de 200 metros por segundo. O dispositivo já foi demonstrado para dezenas de departamentos de polícia nos Estados Unidos, bem como na Austrália e Nova Zelândia.

Segundo um relatório da Reuters, pelo menos 1.081 pessoas morreram nos EUA desde que a polícia passou a usar tasers amplamente no início dos anos 2000, incluindo 49 em 2018. Em muitos desses casos, a arma de choque foi combinada com outras medidas, como socos, spray de pimenta ou contenção forçada.