Quando os cientistas Trevor Wardill e Paloma Gonzalez decidiram dotar de óculos 3D um grupo de chocos para estudar sua visão, seus colegas pensaram que não ia funcionar, que eventualmente arrancariam os óculos e encheriam o tanque de tinta. Mas ainda assim, seguiram adiante. O experimento ocorreu no Laboratório de Biologia Marinha de Woods Hole, em Massachusetts, nos EUA. Trevor e Paloma queriam saber se os chocos desenvolveram estereopse, a capacidade do cérebro de calcular a profundidade ou a distância de um objeto comparando o que vê um olho com o que vê o outro. |
Para comprová-lo, os cientistas projetaram imagens tridimensionais de camarões e desenharam pequenos óculos 3D para as sépias. Colocá-los não foi nada fácil. Primeiro tentaram colá-los diretamente à pele das sépias, mas ficavam em ângulos inadequados ou punham em risco a integridade dos moluscos, que tentavam tirá-los com seus oito braços. Para resolver este problema, os cientistas colaram atiras de velcro nas sépias e depois colocaram os óculos sobre elas.
O estudo confirmou que os chocos usam os olhos de forma binocular para ajustar sua distância de ataque antes de se lançarem atrás de uma presa. Isto sugere que as sépias vêem como os humanos, só que com uma circuito cerebral muito diferente. Outros cefalópodes como os polvos e lulas carecem de estereopse porque não têm seus olhos na parte frontal da cabeça.
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