Um japonês de 70 anos que se descreve como um profissional do "fundoshi", algo como "mestre do cocô no mato", exercita suas entranhas ao ar livre há quase meio século, e incentiva outros a seguirem o seu exemplo. Masana Izawa, um fotógrafo de cogumelos e musgos, é famoso por evitar os banheiros internos o máximo que pode. De fato, ele se orgulha de ter feito isso apenas 14 vezes nos últimos 20 anos, e só porque não tinha outra escolha. |
Esteja ele em sua casa, na província de Ibaraki, no Japão, em um ambiente urbano ou no meio da natureza, Izawa sempre faz o seu número dois ao ar livre. Ele acredita que esta forma de aliviar no chão, e não no encanamento, é nossa responsabilidade como seres humanos, e decidiu convencer as pessoas de que o cocô delas não é de todo inútil.
- "É uma ideia fundamental: 'Comer é tirar a vida, mas também é nosso direito. Cocô é uma responsabilidade que precisamos estar cientes. Fazer cocô ao ar livre é uma maneira de devolver a vida'", explicou Izawa, sua filosofia de fundoshisō. - "O mundo poderia ser um lugar melhor se os humanos eliminassem sua arrogância. Quero que as pessoas pensem fora da caixa e questionem seus estereótipos."
O fotógrafo japonês percebeu a importância de cagar no mato em 1973, quando protestava contra a construção de uma usina de descarte de fezes humanas, como conservacionista. Isso o fez pensar em como as pessoas olham para o cocô, sem perceber o quão importante é para outras criaturas e como é desperdiçado quando jogado em um "rio morto" que passa pelo encanamento. Assim no futuro ele evitou os banheiros, optando por se aliviar ao ar livre.
Falando sobre os efeitos positivos de fazer cocô no mato, Masana disse que dias depois de enterrar seu cocô em um buraco raso e encobri-lo, ele podia ver o solo ao seu redor repleto de vida. Fungos em relações simbióticas com plantas que fornecem os nutrientes necessários, árvores esticando suas raízes em direção a áreas densas em nutrientes e até pequenos insetos como formigas que apreciam o abundante bufê.
Curiosamente, em quase 50 anos de defecação ao ar livre, Izawa supostamente nunca foi instruído a não fazer isso por ninguém. Ele foi pego em flagrante apenas uma vez, enquanto estava em um beco de Tóquio, por um morador de rua, mas superou isso e insiste que fazer cocô ao ar livre é possível mesmo em áreas urbanas lotadas.
- "É mais difícil em Tóquio, com certeza, mas encontrei pontos imperceptíveis ao longo dos anos. Existem alguns bons pontos para dar uma boa cagada tranquilo", disse Masana.
O mestre do cocô no mato do Japão também evita o papel higiênico há muito tempo, depois de perceber que o papel que havia enterrado no solo meses antes não havia se decomposto completamente. Ele usa várias folhas de plantas, dizendo que há uma abundância de folhagens suaves e absorventes para escolher, assim como palha de milho e inclusive o próprio sabugo.
Masana Izawa diz que, durante sua carreira como fundoshi profissional -um trabalho que ele aponta em seus formulários fiscais-, foi capaz de influenciar a visão de outras pessoas sobre como ser feliz cagando no mato. Alguns começaram a seguir seu exemplo, mas ele admite que a maioria ainda se preocupa com a higiene.
- "Higiene é manter os humanos saudáveis. Mas um ponto de vista centrado no homem levou à obsessão com a esterilização e a eliminação de bactérias", disse Masana sobre a obsessão da maioria das pessoas com a limpeza.
Para aqueles dispostos a seguir sua filosofia de fundoshi e evitar descomer em ambientes fechados, o mestre do cocô no mato recomenda que cavem um buraco raso antes de mover as entranhas e cubram depois que terminarem. Ele também aponta que o local deve ser escolhido para não contaminar zonas de montanhas e fontes de água onde o processo de decomposição não é muito eficiente.
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Comentários
Puxa, q bela merda