A cloroquina, um medicamento barato e sem riscos potenciais, usado há mais de 70 anos no tratamento da malária, poderia ajudar no desaparecimento do SARS-CoV-2, segundo afirmou na segunda-feira (16) o professor Didier Raoult, especialista em doenças infecciosas do Instituto de Infecção de Marselha, na França. Ele realizou a pesquisa em duas dúzias de pacientes com Covid-19 e 6 dias após tomarem o antimalárico, o vírus desapareceu em 75% deles. |
Nesse sentido, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma conferência de imprensa hoje de manhã, anunciou que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, por suas siglas em inglês) deu luz verde para prescrever a cloroquina aos pacientes infectados com coronavírus.
No entanto, suas afirmações foram um pouco contraditórias em relação ao pronunciamento do comissário da FDA, Stephen Hahn, que esclareceu que o uso do medicamento seria parte de um ensaio clínico para determinar se funciona ou não.
No caso de que o fármaco funcione, os especialistas deveriam determinar que dose é segura e efetiva. Enquanto, um porta-voz da FDA comentou que a cloroquina ainda não tinha sido aprovada para seu uso em pacientes com covid-19.
Por outra parte, os resultados de uma pesquisa, publicada ontem na revista Clinical Infectious Diseases, revelaram que a hidroxicloroquina, um derivado menos tóxico da cloroquina, é eficaz para inibir a infecção por SARS-CoV-2 in vitro.
Ao que parece o medicamento foi utilizado no tratamento do covid-19 na China, pois os autores do estudo são em sua maioria pertencentes à Academia de Ciências da China, em Wuhan. De acordo com os pesquisadores chineses, um tratamento de 500 mg de cloroquina por dia durante 10 dias seria suficiente.
Por outro lado, um medicamento japonês contra a gripe submetido a testes clínicos na China como possível tratamento para o coronavírus ajudou efetivamente os pacientes a se recuperarem, disseram autoridades chinesas a repórteres de acordo com várias reportagens.
O medicamento favipiravir, vendido sob a marca Avigan, foi desenvolvido pela Fujifilm Toyama Chemical em 2014. Cerca de 200 pacientes nas cidades chinesas de Wuhan e Shenzen receberam a droga como parte do ensaio.
Os resultados mostraram que os pacientes testaram negativo para o vírus em média em quatro dias, em vez dos 11 dias no grupo de controle, segundo informou Zhang Xinmin, diretor do Centro Nacional de Desenvolvimento de Biotecnologia do governo chinês.
Zhang disse aos repórteres que a droga "é muito segura e claramente eficaz" em uma entrevista coletiva na terça-feira e acrescentou que não houve efeitos colaterais claros.
Os médicos japoneses também estão testando o favipiravir em ensaios clínicos, mas a droga não foi tão eficaz em pacientes com sintomas mais graves.
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Comentários
A divulgação desta notícia fez com que muitas pessoas esgotassem os estoques das farmácias. Enquanto isto, quem tem Lupus e precisa do medicamente está fazendo apelos nas redes sociais pois precisa do remédio e não consegue encontrar. Não há estudos confirmados sobre a eficácia ainda, sem contar os diversos efeitos colaterais, possibilidade de glaucoma, etc. Comprem só o papel higiênico por enquanto! SQN
No pior dos cenários todo mundo está protegido da Malária.
Gostaria de ressaltar que a Cloroquina pode apresentar efeitos colaterais na visão e principalmente arritmias, perigoso para pessoas que tem problemas cardíacos que estão entre o grupo de risco do Coronavírus.
Está em teste, no estudo aparentemente foi usado uma dose maior do que se usa normalmente contra a malária, então seus efeitos podem ser mais nocivos do que benéficos dependendo do paciente.
É contraindicado quando a risco de hemorragias severas, pois tem ação antiagregante plaquetária, se combinada com algum anticoagulante pode causar sangramentos, então é potencialmente perigoso para hipertensos também.