Isto não vai acabar bem: EUA acusam China de testar armas nucleares secretas

Os Estados Unidos acusaram a China de detonar bombas nucleares subterrâneas, realizando testes nucleares proibidos enquanto o mundo está focado na crise do coronavírus. Como se as coisas já não estivessem ruins o suficiente entre as duas nações, um relatório do Departamento de Estado dos EUA divulgado pelo The Wall Street Journal confirmou as acusações no início desta semana. Quando a gente acha que a coisa não pode ficar pior, lá vem 2020 para demonstrar que sim.

- "As preocupações decorrem do alto ritmo de atividade no local de teste de Lop Nur na China, de extensas escavações no local e do suposto uso de câmaras especiais por Pequim para conter explosões", diz o relatório do Departamento de Estado.

O relatório levanta preocupações se a China está cumprindo o padrão de "rendimento zero" em testes nucleares, que é uma referência a um tipo de teste nuclear pelo qual não há reação em cadeia explosiva do tipo inflamado pela detonação de uma bomba nuclear.

O memorando também afirma que Pequim bloqueou as transmissões de dados de sensores vinculados a um centro internacional de monitoramento, uma reivindicação que foi contestada pela Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes na China.

Se as acusações forem verdadeiras, a China, com posse estimada de cerca de 300 armas nucleares, violaria o Tratado de Proibição Completa de Testes (CTBT) de 1996, que proíbe qualquer reação nuclear envolvendo explosivos.

Contudo, nem a China nem os EUA ratificaram oficialmente o tratado, o que significa que cada um ainda depende apenas da palavra do outro, e as inspeções no local não podem ser realizadas.

China nega as acusações

- "A China sempre adotou uma atitude responsável, cumprindo com sinceridade as obrigações internacionais e as promessas que assumiu", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acrescentando que - "As críticas americanas à China são totalmente infundadas, sem cabimento e não valem a pena refutar."

Uma autoridade anônima (esta gente tem que começar a dar a cara a tapa) de alta patente dos EUA disse ao jornal britânico Guardian que - "...o ritmo e a maneira pela qual o governo chinês está modernizando seu estoque é preocupante, desestabilizador e ilustra por que a China deve ser incorporada à estrutura global do controle de armas."