Poucas vezes, o café tem sabor mais doce como quando sabemos que sua compra vai ajudar alguém mais. E isso é o que buscava Hugh Jackman quando, depois de uma viagem a Etiópia, decidiu fundar uma empresa desse produto. Em 2009, a estrela de X-Men, Hugh Jackman, e sua esposa, Deborra-Lee Furness, embarcaram em uma viagem a Etiópia para filmar um documentário sobre café. Jackman era embaixador fazia algum tempo da organização que financiava as filmagens, a ONG humanitária World Vision, pelo que se uniu a este projeto com vontade de conhecer por fim às pessoas que estavam ajudando por meses. Nunca imaginou que uma delas provocaria um reviravolta em sua vida. |
Para realizar a gravação, a equipe de produção viajou à região de Yirgacheffe. Foi ali onde o ator australiano conheceu Dukale, um produtor de café de 27 anos que vivia se esforçando para sustentar sua família em um país onde 30% da população ainda vive abaixo da linha de pobreza. Ademais, ao mesmo tempo, o cafeeiro tentava que seu trabalho tivesse o menor impacto possível no meio ambiente.
Foi ele quem convidou Jackman a acompanhá-lo em suas terras. Ali, o ator comprovou com sua própria experiência a importância do comércio justo e a tecnologia livre de carbono ou combustível. Junto com o apoio de sua esposa, Adanesh, Dukale tinha conseguido desenhar um sistema de cultivo de café que não deixava nenhuma impressão de carbono nem danificava a saúde de suas crianças em casa através do uso de cultivos na sombra e a limitação do uso de combustível.
Ao final da visita, Dukale convidou o ator a plantar duas árvores em suas terras, os quais batizou com os nomes de seus filhos, Oscar e Ava. Nasceu uma amizade ali. Jackman ficou comovido pelo trabalho de Dukale, mas, ao mesmo tempo, sabia que algo não encaixava na realidade de seu amigo.
- "Comoveu-me o trabalho duro e os poucos benefícios que obtinha disso", compartilhou o ator. - "Era um homem que estava rompendo o ciclo da pobreza pela primeira vez em gerações. Me senti obrigado a fazer uma promessa de ajudá-lo em tudo o que pudesse."
De regresso em Nova York, o ator não demorou em cumprir sua promessa. Não só se dirigiu às Nações Unidas e insistiu a seus líderes para que apoiassem os agricultores com baixos recursos como Dukale, senão que também criou uma fundação para fazer isso ele mesmo.
Foi assim que nasceu "The Laughing Man Cafe and Foundation", e abriu dois cafés Laughing Man em Nova York, onde decidiu oferecer café proveniente do comércio justo para abrir o mercado americano a agricultores pobres como Dukale. Aos poucos anos lançou à venda as misturas de café da marca Laughing Man, sendo "Sonho de Dukale" o produto mais vendido.
Jackman pensa que o sucesso de suas cafeterias e a marca de café se deve às pessoas que criaram consciência do valor do trabalho dos agricultores.
- "Felizmente, a maioria das pessoas agora quer saber de onde vem sua camiseta, seu tênis, sua caneca de café e como são as pessoas que os produzem", explicou.
O Laughing Man original funciona no bairro nova-iorquino de Tribeca desde 2011, quando Jackman o abriu junto a dois amigos. O local vende produtos diversos, além de cafés para serem consumidos ou serem levados para casa.
Todos os lucros da cafeteria são doados para a caridade, projetos educacionais e aplicados no incentivo de produtores de café como Dukale, através da Fundação Laughing Man.
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