O correspondente da BBC na China alertou que o regime chinês pode estar no meio de um segundo encobrimento de coronavírus -como já fez anteriormente em Wuhan-, já que uma resposta policial e médica desproporcional e maciça a um novo surto em Pequim que não corresponde ao número relatado de casos. O governo chinês trancou a capital, instituiu proibições de viagens e está prendendo moradores, colocando-os em ônibus e supostamente levando-os para uma quarentena. |
A gravação foi feita pela ativista Jennifer Zeng, que afirma que 7 hotéis na cidade foram requisitados pelo governo para serem usados como locais de confinamento.
No entanto, Pequim relatou apenas 27 novas infecções ontem e 106 nos últimos três quatro dias, levando muitos a se perguntarem o que diabos está acontecendo ali.
Mais imagens mostram centenas de pessoas fazendo fila no lado de fora do hospital Youan em Pequim para a triagem de vírus:
Enormes quantidades de frutas e legumes foram descartadas depois que Pequim fechou o mercado atacadista de Xinfadi:
No início da semana, um grande número de policiais foi empregado no policiamento e cerco do mercado:
A própria ativista relata que essa quantidade é desproporcional e que há algo de muito errado acontecendo:
Stephen McDonell, da BBC, observou que o governo chinês ou está sendo "super cauteloso" ou novamente não está fornecendo números precisos sobre a nova taxa de infecção.
Em outro tweet ele observa que medidas adicionais de prevenção estão sendo tomadas: centenas de milhares de pessoas que estiveram no mercado Xindadi (além de vários outros mercados menores) na capital chinesa nas últimas semanas devem se reportar e iniciar efetivamente a quarentena doméstica.
Como relatamos ontem, o porta-voz da prefeitura de Pequim, Xu Hejian, descreveu a situação do coronavírus na cidade como "extremamente grave".
Alguns altos funcionários do regime chinês, com base no que supostamente disseram os proprietários do mercado que foi fechado em Pequim, estão alegando que a cepa "mais infecciosa" do vírus veio da Europa através da importação de salmão. Esta hipótese foi considerada pelo diretor geral da Desorganização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus. No entanto, o próprio Centro Chinês de Doenças disse que não há evidências para apoiar tais alegações.
Além disso, a comunidade científica mundial contradiz o PCC pelo simples fato que os alimentos implicam um risco muito baixo de propagar o coronavírus.
As perguntas que não querem se calar nesse momento são:
- Se esse novo surto for "muito grave", como as autoridades reivindicam, onde estão e qual é realmente o número de infectados?
- Desta vez, o mundo vai bloquear os voos vindos da China ou mais uma vez vai permitir a transmissão do vírus sem impedimentos só porque Tedros considera xenofobia contra os chineses?
- Será que já não passou da hora do mundo dar um ultimato ao regime chinês para que se adeque as normas sanitárias empregadas em todo o mundo?
Outra teoria intrigante do que está acontecendo vem do professor Steve Tsang, da Escola de Estudos Orientais e Africanos, que afirmou que a China está usando a covid-19 para "dividir e conquistar" a Europa.
- "A China está essencialmente tentando uma abordagem de divisão e regra para a UE", disse Tsang. - "Alguns dos países da UE estão sendo atraídos para ficarem muito mais perto da China e se afastar das normas europeias. E isso é um problema sério."
Steve Tsang faz referência a velha estratégia de "dividir para conquistar", de criar ou estimular divisões para evitar alianças; de dar poder político para aqueles que estão dispostos a cooperar; e de fomentar a desconfiança entre as autoridades mundiais.
Com efeito, desde 2012, a China investe fortemente na infraestrutura de 17 países da Europa Central e Oriental, incluindo Hungria e Grécia, por meio da Iniciativa do Cinturão e Rota. Muitos veem isso como uma maneira de exercer domínio no comércio global. Com o surgimento da pandemia de covid-19 e a frouxa resposta da UE em ajudar seus Estados membros, a China tem tudo a ganhar... e o mundo inteiro a perder.
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Comentários
Achei legal o editor do texto na frase....
Esta hipótese foi considerada pelo diretor geral da Desorganização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.