![]() | Uma pesquisa com 2.000 pessoas no Reino Unido e nos Estados Unidos indicou que pessoas com mais de 1,83 metros de altura têm duas vezes mais chances de serem diagnosticadas com covid-19. Isso, por sua vez, acrescenta peso ao argumento de que o vírus pode ser transmitido tanto pelo ar quanto por gotículas. Embora o estudo ainda não tenha sido revisado por pares, os pesquisadores por trás da pesquisa já divulgaram um comunicado no qual sugerem que a purificação do ar deve ser considerada como uma medida para prevenir a propagação da doença. |

De acordo com os autores do estudo, pessoas mais altas não teriam um risco aumentado de infecção se o vírus fosse transmitido exclusivamente por meio de gotículas de saliva, já que estas não permanecem no ar, mas caem no chão logo após serem expelidas pela boca de uma pessoa ou nariz. As partículas aerossolizadas, por sua vez, podem ser transportadas por correntes de ar e tendem a se acumular em espaços mal ventilados.
Comentando sobre os dados ainda não publicados, o professor Evan Kontopantelis da Universidade de Manchester disse:
- "Os resultados desta pesquisa em termos de associação entre altura e diagnóstico sugerem que a transmissão de gotículas para baixo não é o único mecanismo de transmissão e a transmissão por aerossol é possível."
A noção de transmissões aéreas se tornou um grande ponto de discórdia desde os primeiros dias da pandemia, com muitos pesquisadores criticando a Organização Mundial da Saúde por insistir que a covid-19 só pode ser transmitido por meio de gotículas de saliva. Diante da pressão crescente da comunidade científica, a OMS finalmente atualizou seu resumo científico oficial sobre o coronavírus no mês passado para reconhecer que "a transmissão por aerossol de curto alcance ... não pode ser descartada".
Isso aconteceu depois que um grupo de 239 especialistas em saúde de todo o mundo assinou um comunicado pedindo à OMS que acabe com sua insistência de que o vírus é transmitido exclusivamente por gotículas que são liberadas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra.
Evidências de vários estudos indicam que pode não ser o caso, e que o vírus também pode pairar no ar na forma de partículas aerossolizadas, que são gotículas menores que cinco mícrons. Foi até sugerido que o ato de dar descarga em um vaso sanitário pode causar turbulência de ar suficiente para formar nuvens de aerossóis e facilitar a disseminação do vírus.
A última pesquisa não foi projetada para examinar a possibilidade de transmissão aérea, mas sim para investigar como os atributos pessoais e as condições de vida afetam as chances de uma pessoa pegar o vírus. Além da revelação impressionante sobre a altura, os resultados também revelaram que as pessoas que vivem em acomodações compartilhadas ou que usam uma cozinha comunitária têm uma probabilidade significativamente maior de serem infectadas.
Dado que esses tipos de arranjos de vida são mais comuns entre famílias e indivíduos de baixa renda, os pesquisadores dizem que suas descobertas fornecem evidências adicionais para a ligação entre covid-19 e status socioeconômico.
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