Quando você bate palmas neste templo maia, ele ecoa o chamado de um pássaro quetzal nativo

Quando você bate palmas na base da Pirâmide Kukulkan em Chichen Itza, o município de Tinum, no estado de Yucatán, México, a chamada de um quetzal, a ave sagrada maia, ecoa de volta. A explicação para o fenômeno, segundo o consultor de acústica David Lubman, tem a ver com os degraus do templo que formam uma rede de difração de Bragg. Mas o guia turístico que protagoniza o vídeo sugere que os Maias construíram o templo já com este propósito, o que é um pouquinho difícil de acreditar.

Muitas vezes ouvimos alguém fazendo certas afirmações e, por desconhecimento, aceitamos como estabelecido. Por exemplo, eu nunca ouvi o canto de um quetzal, mas uma busca simples no Youtube devolve o seguinte vídeo que demonstra que o eco da pirâmide não tem nada a ver com o canto do pássaro.

De fato, o quetzal é cercado de muitos mitos devido a ser um símbolo importante de liberdade na mitologia pré-hispânica. Um deles diz que ele é o único pássaro e talvez o único animal que se mata e não reproduz em cativeiro.

Parte dessa crendice já é desfeita com o vídeo anterior, e cai totalmente por terra quando sabemos que em 2004 a revista Frontiers in Ecology and the Environment publicou a história de um pintinho quetzal nascido em cativeiro. Tampouco era o primeiro.