Em pleno 2020, Egito revela múmia intacta selada por 2.500 anos, o que poderia dar errado?

Ocorreu no passado sábado ao sul do Cairo, no cemitério de Saqqara, a necrópole da antiga capital egípcia de Memphis. Um grupo de arqueólogos abriu um dos 59 urnas de madeira selados que foram encontrados nas últimas semanas. No início, os arqueólogos encontraram 13 sarcófagos, mas conforme avançou a escavação acharam outros 46. A abertura em público do ataúde de 2500 anos levantou sérias discussões sobre o tratamento dado ao artefato.

A exposição das 59 urnas funerárias resultou em um vídeo em que os arqueólogos abrem um dos sarcófagos. Além de impressionantes, as imagens despertaram uma série de questões sobre as práticas necessárias para a conservação e tratamento respeitoso a um objeto histórico.

O vídeo também chama a atenção pela abertura sendo feita publicamente sem nenhum cuidado sanitário, de uma urna que ficou selada 2500 anos. 2020 já nos ensinou que devemos ter cuidado com microrganismos, mas, ao que parece, nem todo mundo aprendeu.

Contam os pesquisadores que o sarcófago aberto revelou restos mumificados envolvidos em tecidos funerários com inscrições hieroglíficas em cores brilhantes.

Com efeito, ainda desconhecem o número total de relíquias e ataúdes que podem estar enterradas na área.

- "De modo que hoje não é o final da descoberta, considero o começo da grande descoberta", descreveu o ministro de turismo e antiguidades, Khaled al-Anani.

As urnas, seladas faz mais de 2.500 anos, remontam ao Período Tardio do antigo Egito, ao redor do século VI ou VII a.C. Ademais, nos últimos dias também foram encontradas dezenas de estátuas, incluída uma estatueta de bronze que representa Nefertum, um antigo deus da flor de lótus.

Especialistas acreditam que os sarcófagos provavelmente pertenciam a sacerdotes, estadistas importantes e figuras proeminentes da antiga sociedade egípcia da dinastia 26. Relíquias que agora passarão a fazer parte do Grande Museu Egípcio que srá aberta proximamente em Gizé.