Encontram outra tartaruga amarela na Índia este ano

O Serviço Florestal da Índia anunciou a descoberta de uma tartaruga de carapaça dourada. Curiosamente, trata-se da segunda em apenas três meses, conforme relatamos no último mês de junho aqui mesmo no MDig. Ainda que pareça estranho (e é), este tipo de fenômenos na natureza são mais comuns do que pensamos. Ainda que alguém tenha sugerido que se trata de uma nova espécie, em realidade estamos ante uma anomalia genética da tartaruga-de-aba-indiana (Lissemys punctata).

As variantes amarelas dessa tartaruga, que geralmente são de cor marrom com manchas amarelas e uma parte inferior de cor branca, foram descobertas várias vezes ao longo dos anos em várias partes do sul da Ásia, onde é uma das espécies mais comuns de tartarugas aquáticas.

A razão, segundo os pesquisadores, deve-se à falta de pigmentação corporal, algo parecido, em termos, ao albinismo puro, um transtorno genético que causa uma falta total de pigmentos no corpo, mas em vez de tornar o animal completamente brancos, em ocasiões os pigmentos de pteridina amarelos podem sobreviver para dominar a produção de cor -junto com os pigmentos oculares-.

Isso é chamado de leucismo cromático e, entre as tartarugas, os pesquisadores dizem que pode produzir as variantes de cor mais deslumbrantes, ainda que os casos sejam pouco comuns.

Quando os herpetologista indianos encontraram a primeira tartaruga amarela no passado mês de junho explicaram que em alguns casos, se um pigmento diferente consegue passar, a espécie pode inclusive aparecer vermelha. Dito isto, é muito difícil encontrar exemplos destas tartarugas.