Existem casos de crimes que acabam se tornando notórios por motivos alheios. Às vezes, apenas o rosto da vítima sorrindo anos antes de morrer; outras vezes por um detalhe específico de um crime que pode mesmo atormentar as pessoas com o sangue mais frio. A trágica e brutal morte de Lauren Giddings, uma estudante de direito de 27 anos que foi assassinada em Macon, no estado americano da Geórgia, em junho de 2011, é um desses casos que se notabilizou, à princípio, por causa de um único vídeo. |
Foi apenas uma entrevista forçada com um de seus vizinhos, conduzida por uma correspondente de uma estação de notícias local no complexo de apartamentos de Lauren nos primeiros dias da investigação, quando Lauren ainda estava desaparecida. Visto retrospectivamente, o vídeo é de arrepiar os ossos.
O entrevistado era Stephen McDaniel, um colega graduado na faculdade de direito da Universidade Mercer que era amigo e vizinho de Lauren e estava ajudando na busca. A aparência física única de Stephen na época, pontuada por seu cabelo espesso de boneco troll e um rosto esquelético e magro complementou o que pode ser descrito como uma das entrevistas mais assustadoras de pessoas desaparecidas.
Quando o entrevistado perdeu o chão
Era quinta-feira, 30 de junho de 2011. Lauren estava desaparecida desde sábado. A repórter local, ao lado de seu cameraman, que deu um zoom no rosto de Stephen, perguntou ao jovem como ele conhecia Lauren.
- "Nós dois éramos alunos, nos formamos em maio", disse ele.
- "Que tipo de pessoa ela era?"
- "Ela era tão legal quanto podia ser ... uma pessoa sociável", respondeu Stephen.
- "Você conhece alguém que poderia querer machucá-la?"
- "A única coisa que podemos pensar é que talvez ela saiu correndo e alguém a agarrou...", respondeu Stephen com a calma intensidade que se espera de uma pessoa cuja colega de escola está desaparecida há quatro dias. - "Uma das amigas dela tinha uma chave e entramos para ver se algo estava errado e não havia sinal de invasão."
Então aconteceu da repórter fazer a pergunta.
- "E a área do estacionamento? Eu sei que é para onde estavam olhando... acho que foi onde recuperaram o corpo dela, seja lá o que for que recuperaram lá."
Obviamente, Stephen ainda não sabia dessa notícia. A mudança que ocorreu em seu rosto foi tão palpável quanto um eclipse total do sol.
- "Corpo...?" Stephen proferiu com um tom angustiado. Seu rosto de repente ficou tenso com o semblante de alguém que está tendo um ataque de pânico silencioso, alguém cuja estabilidade interna acabara de entrar em colapso completo.
- "Você viu alguma coisa lá?" perguntou a repórter. Uma longa pausa e Stephen ficou apenas olhando para ela. - "Você viu alguma coisa lá?"
- "Eu ..." ele tentou falar, mas parecia enjoado, provavelmente se sentindo envenenado pela liberação repentina dos hormônios do estresse em seu corpo.
- "Quer dizer, não sabemos se esta é a mesma pessoa ..." acrescentou a repórter, percebendo que Stephen estava lutando com algo.
Este jovem ficou arrasado com a sugestão repentina de que o corpo de sua amiga desaparecida havia sido descoberto pela polícia? Ou ele estava reagindo a outra coisa, talvez a menção de uma área específica, o estacionamento?
- "Você está bem, senhor?"
Stephen parecia alheio a tudo, sua boca aberta.
- "Acho que preciso me sentar", conseguiu pronunciar e, em seguida, tropeçou no meio-fio, sentou de costas para a câmera e ficou olhando para o nada.
Quando a filmagem foi retomada -presumivelmente alguns minutos ou mais depois- a entrevista continuou, mas Stephen agora estava emocionado e hiper ventilado, mas a partir daí a entrevista segue normal com Stephen tagarelando e lamentando o sumiço da amiga. Veja o vídeo:
Observe que depois de saber que um corpo foi encontrado no estacionamento de seu complexo de apartamentos, do qual sua amiga havia desaparecido, Stephen não pergunta uma vez se a polícia acredita que o corpo seja de Lauren. No entanto, no momento em que a área do estacionamento é mencionada, seu comportamento muda completamente e ele fica virtualmente incapacitado pela emoção.
Este é um amigo arrasado com uma maneira incomum de processar novas informações? Ou este é um assassino sabendo ao vivo na televisão que o corpo de sua vítima foi descoberto pela polícia?
O interrogatório do Departamento de Polícia de Macon
Depois de uma conversa inicial com a polícia na qual estava acompanhado pelos outros amigos de Lauren, Stephen foi convidado a voltar à delegacia para falar com os detetives. Isso foi depois da entrevista no noticiário, que os detetives presumivelmente viram. Aconteceu por volta das 23h em uma pequena sala de interrogatório monitorada com a presença de dois detetives de homicídios do condado de Macon, o detetive Scott Chapman e seu parceiro, que empregaram a abordagem de policial malvado versus bonzinho frequentemente vista em interrogatórios policiais.
Stephen respondeu a todas as perguntas com uma voz frágil, robótica e aterrorizada. É impossível exagerar a estranheza de sua linguagem corporal e respostas verbais.
- ""O que há de errado, Stephen?", perguntou Scott em um tom agressivo, puxando sua cadeira para mais perto e se inclinando com uma foto de Lauren. - "Você se lembra de mim antes? Eu preciso saber sobre essa garota bem aqui ... você a conhece?"
- "Sim."
- "Quando foi a última vez que você a viu?
- "2 ou 3 semanas atrás."
- "Vocês eram amigos? Você sabe onde ela está esta noite? Você a viu neste vestido?
- "Sim ... não ... não."
- "Olhe para mim quando estou falando com você, filho." Stephen abaixa a cabeça desajeitadamente para encontrar seu olhar.
- "Olha, apenas me diga o que aconteceu, irmão. Preciso da tua ajuda. Eu sou um detetive e estou pedindo sua ajuda." Scott dá um tapinha no ombro dele e nas costas. Anteriormente, Stephen disse a eles que já trabalhara como escrivão do escritório do promotor no circuito judicial de Macon. - "Me ajude. Você trabalhou para um promotor, então você está do nosso lado", diz Scott com uma risada amigável. - "O que você faria se estivesse investigando este caso? O que você acha que aconteceu?"
- "Alguém a levou."
- "Como alguém a levou?"
- "Talvez enquanto ela estava correndo."
- "Você não acha que alguém a pegou quando ela voltou para seu apartamento? Você sabe que um corpo de mulher branca foi encontrado bem ao lado de seu apartamento. Não sabemos ao certo se é ela, mas temos quase certeza que é. Na sua opinião de especialista, tendo cursado direito, quem no seu prédio poderia ter feito algo assim?"
- "Não sei."
A frustração de Scott começa a vir à tona.
- "Não sei o que dizer à família dela. 'Eu não sei', o que você quer que eu diga a eles, 'eu não sei?' Você é um merda que quer que eu diga isso? Sua bunda ficou exposta lá fora no noticiário, mas agora você está aqui e você não sabe, porra? Você sabe, mas você é apenas um monte de merda que não dá a mínima. A mãe dela chorou até Macon, Stephen."
Silêncio.
- "Antes você era normal, por que de repente você está agindo assim? Eu não entendo, por que você está se fechando? Você está assustado?"
- "Não."
- "Você tem namorada? Você achou que Lauren era sua namorada? Você queria fazer sexo com Lauren? O que há com essa cueca no seu apartamento que foi cortada como uma máscara?"
- "Não... não... não... não sei..."
Na sequência do interrogatório, Stephen admite ter um rifle, um AK-47, uma pistola, uma espada de samurai e uma grande faca.
- "Eu costumava colecionar espadas", diz ele.
- "Por que você precisa de todas essas armas? Você foi molestado quando criança? "
- "Não."
O outro detetive chega e pergunta:
- "Você já atirou com uma arma?"
- "Não."
- "Você comprou 3 armas, mas nunca atirou com uma?"
- "Não."
O resto do interrogatório mostra os detetives fazendo perguntas cada vez mais agressivas e empregando estratagemas psicológicos comuns. Esses estratagemas podem ser difíceis de assistir às vezes quando eles se voltam para a misoginia flagrante e culpam a vítima. Por exemplo, eles podem dizer ao suspeito que não o acham um monstro e que ele é uma boa pessoa que acabou de ser enganada pela vítima.
Em seu sotaque distinto, o detetive estabelece que Stephen é virgem e então bate o punho na mesa de frustração. Stephen então bloqueia efetivamente os detetives. Na verdade, seja alimentado por terror, sociopatia, doença mental ou o já mencionado medo de policiais, o desempenho de Stephen no interrogatório foi sólido o suficiente para um suspeito que se recusou a se apresentar com advogado. Ele ficou ali sendo interrogado por duas horas, praticamente não deu nenhuma informação e não mudou seu tom ou comportamento.
Neste ponto, ainda não havia nenhuma evidência direta ligando Stephen ao assassinato. Na verdade, não havia nenhuma evidência direta ligando ninguém ao assassinato. Os investigadores temiam que o assassino nunca seria encontrado.
Surge um retrato perturbador
Nas semanas e meses após o interrogatório, a investigação tornou-se progressivamente mais perturbadora à medida que detetives e promotores descobriam novas evidências.
Depois da descoberta do torso desmembrado de Lauren e da entrevista policial inicial de Stephen, parece que os investigadores se concentraram em duas trilhas simultâneas diferentes: a busca por evidências físicas e forenses diretas; e compreender a história do comportamento de Stephen e seu relacionamento com Lauren, o que poderia ajudar a estabelecer o motivo.
O que se desenrolou foi a história de uma mente perturbada de pesadelo e o tipo de comportamento predatório que faz qualquer uma pensar duas vezes sobre vizinhos e conhecidos. O retrato policial finalmente costurado mostrava Stephen como um psicótico incel com desejos depravados que, ao longo de vários anos, reuniu o ímpeto para levar suas fantasias doentias à realidade.
Stephen sempre esteve do lado estranho, ao que parece, mas suas excentricidades se limitaram a características idiossincráticas como escrever ficção de fantasia e usar cota de malha nas aulas. Seu único encontro com a lei foi quando foi acusado de roubar preservativos dos quartos das pessoas. As poucas pessoas que o conheciam bem o suficiente para se considerarem seus amigos diziam que Stephen às vezes dava calafrios, mas não exibia tendências violentas.
Em uma exposição que foi lida posteriormente no tribunal, Stephen escreveu um post descrevendo a fantasia de perder sua virgindade (ou, como ele chamou, seu "cartão V") e, em seguida, fazer churrasco com as pernas e a "carne do órgão" do conhecido.
Quando foi aceito na faculdade de direito, ele se mudou para um apartamento do outro lado da rua do campus. Foi aqui que um vizinho do andar de baixo relatou frequentemente ouvir os sons de Stephen correndo de um lado para o outro, xingando como um marinheiro bêbado.
Neste complexo de apartamentos, Stephen tinha outra vizinha: Lauren. Com o tempo, eles também serviriam juntos na Sociedade Federalista da escola. Lauren era presidente e Stephen era vice. Quando os pais dela vieram de Atlanta, Stephen se esgueirou para conhecê-lo. Quando o cachorro de Lauren foi atropelado por um carro, ele estava ao lado dela enquanto chorava. Ele parecia estar se integrando à vida dela aos poucos.
Stephen teria convidado Lauren para sair várias vezes. Ela recusava educadamente. Apesar do que deve ter sido uma situação embaraçosa, Lauren, uma atleta atraente, sociável e extrovertida, era legal com o pálido e recluso Stephen. Mas secretamente ele a incomodava.
Seu instinto, ao que parece, estava certo. Se ela tivesse uma vaga idéia da extensão em que Stephen era obcecado por ela e como era psicologicamente perturbado, é possível que um final tão trágico pudesse ter sido evitado.
As 200 evidências e o vídeo undeletado que levou à confissão
A polícia de Macon finalmente acusou Stephen do assassinato de Lauren. Durante o julgamento, os promotores apresentaram quase 200 evidências do crime. Naturalmente, o chefe de polícia Mike Burns e seus detetives colocaram essas evidências em segredo durante a investigação, evitando cuidadosamente qualquer vazamento para a mídia. Foi apenas durante o processo judicial que o público ficou sabendo de todo o horror que os investigadores descobriram. As evidências incluíam:
- A descoberta de um grande lençol ensanguentado em uma máquina de lavar na lavanderia do complexo de apartamentos.
- Dentro da mesma lavanderia, os investigadores encontraram uma serra em um armário de armazenamento trancado. Embora a serra tivesse sido limpa, a lâmina ainda continha carne humana e sangue que combinava com o DNA de Lauren. A polícia também encontrou a embalagem da serra no apartamento de Stephen.
- A polícia descobriu uma cueca enrolada contendo DNA de Lauren na gaveta de meias do quarto de Stephen.
- Os investigadores estabeleceram que Stephen possuía uma cópia da chave mestra do complexo de apartamentos, que lhe dava acesso a todos os apartamentos.
A evidência que finalmente obrigou Stephen a confessar, no entanto, foi um clipe de vídeo recuperado que havia sido excluído da câmera de Stephen. O vídeo constituía nada menos que o reconhecimento de um assassino, a evidência irrefutável de que Stephen havia perseguido Lauren diretamente antes de seu assassinato.
De forma assustadora, o vídeo mostrou que apenas algumas horas antes do assassinato de Lauren, Stephen prendeu sua câmera na ponta de um pau de selfie de 1,80 metros, posicionou-se no andar térreo do lado de fora do apartamento de Lauren e levantou a vara para que pudesse filmar e ver a porta da frente de Lauren de dentro e estudar seu mecanismo de travamento.
Stephen havia planejado meticulosamente como entraria no apartamento de Lauren de madrugada. Kristin S. Miller, uma amiga da família de Lauren que mais tarde representou os Giddings em seu processo civil, descreveu o vídeo como "a premeditação mais horrível e hedionda que já vi".
Devido a essa evidência, Stephen McDaniel acabou confessando e aceitando um acordo que o poupou da pena de morte, em 2014. Os pais de Lauren também não queriam que os promotores pedissem a pena de morte. Stephen recebeu uma verdadeira sentença de prisão perpétua. Ele não terá direito à liberdade condicional por 30 anos e, dadas as evidências que eventualmente surgiram, parece improvável que ele algum dia seja solto.
A confissão do crime tenebroso
O vídeo dos esforços de perseguição de Stephen foi a peça final crucial de evidência de que a acusação precisava para forçar uma confissão e um acordo judicial. Nunca saberemos com certeza, mas sem esse vídeo, é certamente possível (talvez até provável) que Stephen não teria sido aconselhado por seu advogado a confessar.
Isso é evidenciado pelo fato de que ele finalmente voltou ao tribunal para argumentar que seu advogado havia lhe dado conselhos negligentemente ruins e que ele nunca deveria ter confessado. Portanto, sem aquele vídeo e a confissão que ele provocou, é muito provável que houvesse um julgamento completo que poderia facilmente terminar em absolvição. Julgamentos de assassinato com significativamente mais evidências forenses falharam devido a erros de procedimento ou estratégias de defesa inteligentes.
Os promotores revelaram, por exemplo, que os garis deveriam esvaziar a lixeira em que o torso de Lauren foi encontrado, algo com que Stephen estava contando. No entanto, naquele dia em particular, eles perderam a coleta. É por isso que ele ficou tão chocado no vídeo.
Sem a descoberta do torso de Lauren, haveria uma chance de que os promotores não teriam as evidências necessárias para coagir a confissão de McDaniel e, portanto, uma chance razoável de que ele teria sido absolvido. Mas por mais assustador que isso pareça, não é nada comparado ao conteúdo da confissão de Stephen e o retrato final da morte de Lauren -e da mente de seu assassinos- que se materializou.
O que realmente aconteceu na noite em que Lauren morreu, segundo os autos, foi o seguinte:
Stephen entrou em seu apartamento usando luvas e uma máscara -não está claro que tipo de máscara ele usava ou se arrombou a fechadura usando sua filmagem de reconhecimento-. Lauren o viu entrar em seu quarto e gritou:
- "Dê o fora."
Stephen saltou na cama e a agarrou pelo pescoço. Eles lutaram e acabaram no chão, onde as pernas de Lauren ficaram presas sob a estrutura da cama, impedindo-a de se defender do ataque. Durante esta luta, Lauren arrancou a máscara, momento em que percebeu que seu agressor era alguém que conhecia. Ela implorou a ele:
- "Stephen? Por favor pare."
Stephen começou a sufocá-la por 15 minutos. Ele então arrastou o corpo para a banheira, e voltou ao seu apartamento de madrugada para pesquisar na Internet o que deveria fazer. Ele voltou na seguinte noite com uma serra recém-comprada e desmembrou seu corpo. Embrulhou a cabeça e os membros em sacos de lixo pretos separados, os jogou na lixeira da escola e se desfez do torso de Lauren na lixeira do condomínio, onde foi encontrado dois dias depois.
Um dia depois de descartar as partes do corpo, ele participou de uma equipe de busca que procurava Lauren, depois da qual ele foi entrevistado na TV local ao vivo. Pensando que havia despachado estrategicamente o torso de Lauren, Stephen descobriu que um corpo foi encontrado na lixeira de seu próprio condomínio. É difícil entender a estrutura emocional de alguém capaz de tal crueldade sádica, mas claramente, ele teve um ataque de pânico total quando percebeu que a polícia logo estaria em cima dele.
A apelação frustrada
Apesar de sua confissão, Stephen voltou ao tribunal em 2018 para apelar de sua condenação, argumentando que foi o resultado de um conselho negligente de sua equipe de defesa. Stephen chegou com uma aparência física marcadamente diferente, uma aparência mais polida que combinava com sua tentativa de representar a si mesmo.
Ao alegar negligência de seu advogado, Floyd Buford, este foi obrigado a depor. Floyd era o mesmo homem que em um ponto no início do julgamento descreveu seu cliente como "uma espécie de homem da Renascença". Agora, sob juramento, Buford cantou uma melodia diferente, emitindo uma declaração condenatória:
- "Eu estava fortemente do seu lado quanto tudo isso começou, mas esta nova evidência de você espioná-la [...] a confissão horrível em que você disse que se sentou e cortou todos os dedos das mãos dela, os jogou no banheiro e deu descarga [...] pesquisou on-line como fazer sexo com pessoas mortas [...] além das quais você possuía as fotos pornográficas infantis mais horríveis."
Desnecessário dizer que não parece bom quando seu próprio advogado diz ao tribunal que você é um monstro horrível. O apelo acabou abrindo a porta para a compreensão de toda a depravação da mente de Stephen, um assassino frio e depravado.
Seus hábitos de navegação na Internet incluíam um grande cache de pornografia infantil e pesquisas por "molestar garotas dormindo" e "crime perfeito". Esta é uma evidência que certamente será apresentada novamente em 2041, quando Stephen solicitar liberdade condicional.
Sua petição recente alegava também que seus direitos a um julgamento justo foram violados quando os promotores obtiveram informações ilegais durante a investigação e no processo de pré-julgamento. Segundo Stephen, ele foi colocado na parte de trás de uma viatura policial, enquanto era transportado pela polícia para seu apartamento, que foi revistado e teve seus bolsos revirados pela polícia antes de ser preso. Ele sugeriu que os policiais não leram para ele seus "Direitos de Miranda" na época.
Ele argumentou que os próprio investigadores documentaram que ele estava verbalmente indiferente e olhando para o nada, sugerindo que não estava em pleno estado físico ou mental para consentir uma busca em seu apartamento, onde finalmente reuniram as evidências que planejavam usar contra ele em julgamento. Como seus advogados falharam em seguir essa linha de defesa, isso o levou a ter um julgamento impróprio.
Stephen havia planejado ser advogado: aquele era seu primeiro e provavelmente último momento para julgar um caso. Mas o tiro saiu pela culatra de forma tão espetacular que colocou em dúvida se ele teria alguma chance de exercer a advocacia.
O juiz John Flythe rejeitou todos os argumentos de Stephen McDaniel durante a audiência de dois dias. Ele disse que Stephen foi tratado com justiça antes de se declarar culpado do assassinato de Lauren Giddings e que seus advogados o representaram bem.
Estranhamente, na mesma época seu pai abriu uma conta GoFundMe, intitulada "Justiça para Stephen McDaniel", que tinha como objetivo arrecadar dinheiro para suas despesas legais. A campanha incluía uma foto de um sorridente Stephen McDaniel e dizia:
- "Stephen foi separado de sua família nos últimos 7 anos, durante os quais perdeu três avós e foi privado do privilégio de ver e fazer parte da vida de seu irmão e irmãs."
A meta da vaquinha era de US $ 5.000, mas não recebeu nenhuma doação até ser deletada pela plataforma. Tadinho!
Durante o julgamento criminal, recurso e caso civil, também foi revelado que antes de seu assassinato, Lauren suspeitava que algo estava errado e temia por sua segurança . Ela disse a uma amiga que estava com medo de ficar em seu apartamento porque desconfiava que alguém havia tentado entrar nele.
Tragicamente, os pontos não foram conectados a tempo de neutralizar o psicopata sádico. Uma jovem brilhante e promissora sofreu uma morte violenta e horripilante. É um caso que nos lembra que o assédio, misoginia, perseguição e violência contra as mulheres é uma questão de vida ou morte 24-7, que requer os mais altos níveis de vigilância social, supervisão e responsabilidade.
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Comentários
Ander deve ser igual o tal do Stephen, um cara frustrado com a própria vida e acha que outras pessoas devem pagar por isso… que lástima
O Rodrigo do canal Spooky Houses fez a análise desse caso
A sociedade constroi monstros, depois reclama do que recebe, muito facil criar a imagem da santa gostosa popular perfeita contra o cara mal feio e esquisito, com toda certeza era uma garota boazinha, perfeita ne... uma santa!