Novos testes revelam que tipo de máscaras caseiras são as mais efetivas

Com o "maligno" vaticínio de alguns profissionais de saúde de que teremos que seguir usando máscaras ainda por um bom tempo, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, decidiu realizar um estudo em que concluiu que as máscaras caseiras de tecido podem ser uma alternativa às máscaras cirúrgicas durante as pandemias, segundo um estudo publicado recentemente na revista ACS Biomaterials Science & Engineering. Os autores do trabalho científico confeccionaram várias máscaras -com uma, duas ou três camadas- utilizando diferentes tipos de tecidos disponíveis no mercado.

Durante o experimento, os voluntários, todos adultos saudáveis, foram induzidos a espirrar e, mediante um sistema de medida de fluxos baseado em imagens, avaliara o rendimento de bloqueio de gotas de saliva das máscaras caseiras.

Para a surpresa de ninguém, os resultados revelaram que os protetores faciais com um mínimo de três camadas eram mais eficazes para bloquear a filtragem de gotas de saliva. Mas o melhor rendimento foi mostrado por uma máscara composta por uma camada interna hidrófila de algodão/linho, uma intermediária de mistura absorvente de algodão/poliéster e uma externa hidrofóbica de poliéster/náilon.

Ademais, o estudo destaca que uma máscara de tecido bem desenhada pode superar uma máscara cirúrgica de três camadas. Assinala também que a cada camada adicional aumenta a eficiência de bloqueio em uma média de 20 vezes. No entanto, a porosidade do tecido deve ser inferior a 2%.

Os cientistas também provaram o rendimento desses acessórios depois de serem lavados em uma máquina com temperaturas de até 60 °C, e determinaram que essa ação não tem um impacto significativo na capacidade de bloqueio das máscaras caseiras bem desenhadas.