'Malucos de pedra' voam com wingsuit à noite com sinalizadores acoplados

Os praticantes de salto de base dependem de um único velame, sem pára-quedas de reserva. As estimativas da taxa de lesões são 0,4% por salto com taxas de fatalidade de 0,04%. Ou seja, 1,7% dos praticantes, por ano, acabam estampando a cara em uma montanha, sugerindo que esta é uma das atividades esportivas mais perigosas do mundo. Mas pode ser pior, estas estatísticas quase triplicam quando o salto é feito a noite, pois o bleu complica ainda mais o voo já perigoso. Então, o que fazem Espen Fadnes e Andreas Haaland Hemli quanto pulam de uma montanha em Loen, Noruega ... à noite ... com sinalizadores presos a seus pés é uma temeridade.

Note que Andreas ainda tem um vislumbre das montanhas nevadas que eles estão "lambendo", devido ao clarão proporcionado pelo sinalizador de Espen, que praticamente voa no escuro. De fato, para "cerejar" o voo, o "louco de pedra" termina a prática com um parafuso antes de abrir o paraquedas.

Saltar de um penhasco para o vale profundo abaixo implica grandes riscos e todos sabem muito bem disso. O que ocorre é que depois de um tempo estes paraquedistas extremos se acostumam e passam a considerar "fáceis" linhas de voo que já fizeram antes e passam a ficar confortáveis em um ambiente estupidamente de alto risco. O resultado é "mais um paraquedista estampado na pedra".

Foi quase o que ocorreu com Jeb Corliss em 2012, quando deu um beijo na morte ao calcular mal o vento durante um salto de uma montanha na Cidade do Cabo, na África do Sul. Ele continua aprontando loucuras, mas em paragens mais tranquilas.