A insólita polêmica desatada na Argentina pela compra de 10.000 pênis de madeira pelo governo

A licitação para a compra de 10.000 pênis de madeira realizada pela Secretaria de Saúde da Argentina desatou insólitas reações, apesar de que faz anos já fazem parte do material utilizado pelos programas estatais de educação sexual integral. A convocação, que foi publicada no portal oficial de compras, especifica que os pênis devem ser de madeira semidura, com 17 centímetros, um diâmetro de quatro centímetros e devem ser entregues em caixas de cem unidades.

A licitação também incluem 10.000 dispensadores de preservativos e 10.000 maletas de polipropileno natural e de cor turquesa onde serão transportados os materiais.

O orçamento máximo alocado a esta compra é de 13,3 milhões de pesos (ao redor de 730 mil reais, segundo a cotação oficial) e os equipamentos serão distribuídos em centros de saúde, educacionais e comunitários de todo o país, como parte das campanhas para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.

A notícia desatou de imediato uma discussão nas redes sociais que oscilou entre as brincadeiras e as críticas de opositores indignados com o Governo que, ao desconhecer que estes programas são obrigatórios por Lei, se queixaram de que se destine orçamento "a comprar pênis". Muitos também aproveitaram para explicar a necessidade e urgência da educação sexual.

O Ministério de Saúde explicou ao diário La Nacion que esta licitação se refere a materiais educacionais com os quais se capacita trabalhadores da saúde, e atende precisamente o agravamento dos indicadores relacionados com as DSTs registradas durante a pandemia.