Desde os "10 Mandamentos" a sociedade procura um conjunto de regras para o convívio harmonioso. Hoje há códigos inteiros repletos de leis e regras visando controlar o nosso dia a dia. Ainda que isso pareça necessário para manter a civilidade, devidos aos desajustados, que insistem em perverter o que é certo e errado, alguns criticam o excesso de controle. No entanto, existem regras que não estão escritas e funcionam como uma espécie de acordo coletivo na cabeça de cada um de nós. |
A verdade é que se todos estivéssemos cientes de nosso papel na sociedade, sabendo que nossa liberdade termina quando começa a do outro, e vice-versa, não precisaríamos de um conjunto de leis. É uma daquelas coisas que se baseia na parábola das colheres de cabo comprido, que só funciona quando todos fazem.
Um exemplo prático é o momento de inflexão que vivemos em relação a existência de nossa própria espécie: tomar a vacina deveria ser uma regra implícita e subjacente. A princípio parece desnecessário uma lei impondo a vacina obrigatória, mas, infelizmente, cada vez é maior o coletivo de palermas anti-vacinas que alegam livre arbítrio sem dar um tranco no cérebro para inferir que para alcançar a imunidade de grupo precisamos da participação de todos.
De fato há muitas regrinhas não escritas, do tipo "não precisa nem dizer, né?" que podemos adotar no nosso dia visando formar uma sociedade melhor. Alguns exemplos:
- A netiqueta aconselha a evitar o CAPS LOCK. NÃO PRECISA GRITAR, todos vão ler do mesmo jeito!
- Antes de entrar no ônibus ou metrô, esperar os passageiros saírem.
- Ao deixar uma amiga em casa tarde da noite, espere um pouco até ela entrar, ela pode ter esquecido a chave e sua presença desmotivará alguma ação contra ela.
- Deixar de ser sem noção ao fingir que está dormindo só para não dar o lugar para alguém mais necessitado no transporte público.
- Dificilmente alguém vai te chamar a atenção pelo mau hálito ou a nhaca do suor. Melhor se cuidar, porque a pessoa pode não falar nada... na sua frente, é claro.
- Levantar o assento quando for urinar. Ninguém merece ficar limpando mijo do outro.
- Manter um pouco de privacidade e respeitar a dos demais.
- Nunca falar sobre seu fracasso com garotas para outra garota a não ser que queira parecer um loser.
- Nunca tente mostrar mais conhecimento sobre a doença de uma pessoa do que ela mesma, a menos que você seja médico.
- Não aparecer na casa de alguém de supetão, sobretudo na hora das refeições. Ligue Antes!
- Não estacionar como um idiota.
- Não flertar com as garçonetes, elas são pagas para serem simpáticas, não para dar bola pra você.
- Não jogue lixo na rua achando que está fazendo um favor para os garis. De certo, ninguém vai perder o emprego por conta do seu 'ato de cidadania'.
- Não olhar outra pessoa urinando e manter a regra social, sempre que possível de maior distância entre os mictórios.
- Não ser avarento, não pechinchar se achar o preço justo.
- Não usar guarda-chuva debaixo de marquises e toldos.
- O que acontece no bar nunca morre no bar. Praticamente tudo o que rola na balada, sobretudo os deslizes, vira assunto e chacota depois.
- Quem chega ao ambiente é quem deve cumprimentar os presentes, exceto se você for um convidado ou visita.
- Reservar a "faixa da esquerda" também serve para pedestres. Se puder ceder o espaço da esquerda para algum apressadinho passar, faça isso!
- Se receber alguma ligação importante quando estiver com outras pessoas, saia do recinto.
- Se uma pessoa lhe entrega o celular para ver uma foto, não passar para o lado.
- Seja gentil quando alguém reconhecer o próprio erro. Admitir o próprio erro é uma das atitudes mais nobres e difíceis de serem tomadas em tempos de especialistas de redes sociais.
- Sempre usar fone de ouvido para ouvir música em público.
- Tratar a porta do carro dos outros com o mesmo carinho que você trata a do seu.
- Usar o fone de ouvido também é uma forma de evitar conversa. Não force a barra?
Mais exemplos?
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Comentários
Putz... sempre fazem o 9 comigo (Nunca tente mostrar mais conhecimento sobre a doença de uma pessoa do que ela mesma, a menos que você seja médico).
O médico já me disse uma vez depois de uma consulta que a conversa havia sido boa e que eu sabia mais da doença que eu tenho do que ele, porque conheço as sequelas de dentro para fora, do ponto de vista de quem as sofre.
Eu odeio quando me perguntam se de repente não seria algo psicológico ou que pudesse ser solucionado com pilates (substitua por algum outro exercício da moda, de acordo com a época em que estiver lendo este comentário).
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