Este é o contexto para um vídeo recém-lançado pelo New York Times, que praticamente encontra paralelos em quase todos os países do mundo, devido aos céticos da vacina contra a covid-19. No vídeo que dá contexto ao artigo, Alexander Stockton, produtor de vídeo do referido jornal, explora duas das principais razões pelas quais o número de casos da covid-19 está crescendo mais uma vez nos Estados Unidos: hesitação e recusa da vacina. |
- "É difícil assistir a pandemia se arrastando enquanto as pessoas recusam a vacina em nome da liberdade", diz ele.
Buscando compreensão,Alexander viajou para a localidade de Mountain Home, no estado norte-americano do Arkansas, em Ozarks, uma região com contágio galopante e baixas taxas de vacinação. Ele descobriu que uma variedade de sentimentos e crenças sustentam as taxas baixas, incluindo medo, ceticismo e uma tendência libertária de desafio.
Essa dúvida se estende até mesmo à equipe de um hospital regional, onde cerca de metade da equipe médica não é vacinada, mesmo quando a unidade de terapia intensiva está lotada de pacientes com covid-19 lutando por suas vidas.
Mountain Home, como o mundo como um todo, está envolvida em um cabo de guerra entre a liberdade privada e a saúde pública. Mas Alexander sugere que, a menos que o governo cumpra seu dever de proteger os americanos, mantendo o bem comum em mente, esta pode ser uma batalha sem fim.
Basta zapear algumas poucas páginas do Twitter para ver algumas pessoas alegando que a saúde pública não deve ter prioridade sobre os valores e escolhas individuais. Eles não querem que o governo ou qualquer pessoa com autoridade diga o que é melhor para eles, mesmo quando podem morrer lentamente asfixiados em uma cama de hospital.
A teoria da seleção natural de Darwin afirma basicamente que as espécies que estão dispostas a fazer o que for preciso para sobreviver, o farão. Infelizmente, há outros que não. Em casos como esses, só precisamos que a natureza siga seu curso e os fortes sobrevivam e sigam em frente.
Eu também não gosto que me digam o que fazer, mas não com a obstinação de uma criança e também não a ponto de morrer para provar meu ponto. No início da pandemia, tive uma conversa comigo mesmo:
- "Vou enfrentar as medidas contra a pandemia com base nas minhas crenças e opiniões pessoais -que as vezes são tortas aos olhos da sociedade-, ou com responsabilidade e cuidado pelos demais?" Minha mãe tem 88 anos e então escolhi fácil a segunda opção. Tomei a primeira dose sem nenhuma reação e aguardo ansiosamente a segunda.
- "Ah... mas tem gente sendo infectada ou morrendo mesmo depois da imunização completa", alegam alguns, não sem razão, sem se dar conta, no entanto, que pessoas que usam cinto de segurança costumam ter ossos quebrados em acidentes de carro graves, mas sobrevivem.
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Comentários
Só para deixar um testemunho: o meu irmão, de 60 anos, 2 meses após ter a vacinação completa com a vacina da Pfizer, ficou infetado, provavelmente com a variante Delta, pois esta tem uma incidência de quase 100% cá em Portugal.
Esteve 3 dias com sintomas ligeiros de nariz congestionado e um pouco de febre.
Um dia antes de os sintomas aparecerem, esteve com os filhos e comigo e inclusive cumprimentámo-nos com beijo na face.
Nenhum de nós ficou infetado, foi só a chatice de termos que ficar em casa de quarentena.
Acabou por infetar a mulher, que também teve doença ligeira, apesar de ainda não estar vacinada.
De referir que o meu irmão é hipertenso.
Penso que foi sem sombra de dúvidas a vacina que o impediu de ter doença grave e de ter uma carga viral suficiente para nos ter infetado.