Algumas pessoas se perguntam qual a necessidade de produzir a madeira compensada, que, em suas opiniões, não correspondem à mesma qualidade da madeira sólida e bruta. O painel de madeira compensada é produzido por meio da colagem de um grande número de lâminas de madeira, em que a direção da grã -o alinhamento geral dos elementos celulares na direção ao eixo longitudinal do tronco de madeira- de cada uma seja perpendicular entre as camadas, que são unidas por um adesivo e prensadas sob alta pressão e temperatura. |
Isso por si só já explica porque em muitas aplicações o compensado é melhor, já que a madeira sólida, sem nenhum tipo de processamento, tem um comportamento heterogêneo e uma natureza anisotrópica, ou seja, possui um comportamento diferente para direção das fibras, o que impõem limitações na utilização desta, ao apresentar alterações tanto dimensionais quanto em suas propriedades físicas e químicas.
Quando a madeira é processada e produz um compensado que obedece ao principio da laminação cruzada, possibilita-se uma restrição ao comportamento anisotrópico das lâminas, que resultam em um produto de madeira com maior estabilidade dimensional e resistência.
Ademais, a madeira compensada também supera outros defeitos naturais, como nós e manchas, além de que pode ser produzida com madeira de baixa qualidade e com espécies de rápido crescimento, como o pinus e o eucalipto.
O começo da produção dos painéis de madeira compensada pode ser rastreado no início do século 19 nos Estados Unidos, com o desenvolvimento de máquinas movidas a vapor que podiam cortar folheados a baixo custo, quando houve o alastramento das indústrias de painéis pelo mundo inteiro.
A produção de compensados no Brasil só ocorreu por volta de 1930 com o uso do pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolía), mas a partir dos anos 80 a matéria prima dos painéis compensados começou a ser substituída por madeira de espécies cultivo rápido, de fato, o Brasil figura como o maior exportador mundial de compensado de pinus.
Para fabricar estes painéis é necessário um gigantesco sistema de máquinas com bestiais quantidades de mecanismos especializados e muita paciência. A madeira é descascada, cortada em toras e secadas em um forno com temperatura entre 120-200°C, antes de serem laminadas. As lâminas são então sobrepostas e coladas com o devido cruzamento dos elementos celulares da direção da madeira e por fim prensadas.
Resulta interessante que em cada passo se perde um pouquinho de madeira, pelos cortes e porque às vezes devido aos diferentes processos tende a encolher. Segundo contam no vídeo acima também são eliminados as imperfeições, dependendo da qualidade desejada e o uso a que será destinada.
No vídeo mostram também como ao final pintam os painéis de amarelo para protegê-los antes de envolvê-los e distribuí-los, mas essa pintura é eliminada depois quando em cada fábrica façam o corte ao tamanho desejado para fabricar seus produtos finais.
No curioso vídeo acima, vemos como era o processo para produzir os painéis de compensado na Colúmbia Britânica, no Canadá, por volta de 1954 e como era fabricado no povoado de Järvelä, em Kärkölä,na Finlândia. O processo permanece essencialmente inalterado, embora hoje muitas das máquinas sejam muito mais rápidas e controladas por computador.
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