Em 1899, um grupo de ilustradores franceses liderados por Jean-Marc Côté foi encarregado de imaginar como seria a França no ano 2000. Ainda que pudessem dar asas à sua imaginação, muitas de suas previsões foram realizadas, embora não exatamente de acordo com os desenhos originais. Conhecidas como "França no ano 2000", essas ilustrações futurísticas foram lançadas em quatro edições: em 1899, 1900, 1901 e 1910, e tinham a forma de uma caixa de cigarro, depois de charuto, encartes e, posteriormente, cartões postais. |
Aprendizado rápido na escola.
Como acontece com tantos olhares para o futuro, algumas poucas previsões se concretizaram, muitas ficaram comicamente estagnadas e um grande número ficou muito aquém do que o futuro reservaria, mesmo que apenas alguns anos depois.
Fica evidente, ao ver as imagens, que os artistas consideram como certamente estabelecido duas coisas. A primeira que o homem ia conseguir voar. Estavam certos, mas não como se as asas fossem adendos de nosso corpo . A segunda é que achavam que íamos conquistar os oceanos, erraram feio.
O famoso autor futurista Isaac Asimov encontrou esses cartões, milagrosamente preservados, por volta de 1985. Ele os publicou em um livro intitulado "Dias Futuros: Uma Visão do Século XIX do Ano de 2000". Ali Asimov comenta cinquenta cartões daquele conjunto, admirando o que quer que seja preciso, gentilmente observando onde a imaginação ficava aquém da realidade, e respeitosamente observando como o negócio da previsão pode ser arriscado.
Um ponto que permeou o conjunto era que, por mais que a tecnologia pudesse avançar em cem anos, os artistas sentiam que os estilos de roupas haviam alcançado a perfeição em 1900 e que nenhuma mudança de materiais ou normas culturais mudaria as saias longas femininas, corpetes elaborados e penteados complexos, nem mesmo em esportes subaquáticos.
De certa forma, as previsões são limitadas: não há viagens espaciais, nenhum computador pessoal e muitas das funções das máquinas são realizadas por alavancas, roldanas e hélices -as características mecânicas comuns do início dos anos 1900-. A era eletrônica começara apenas 2 anos atrás, em 1897 com a descoberta do elétron e precisaríamos avançar até 1948 para ver nascer o primeiro transistor.
Os papéis da moda e do gênero também permanecem rigidamente arraigados nas normas do século XX. No entanto, a coleção é uma cápsula do tempo visual perspicaz na imaginação futurista do início do século XX.
Barbeiro robótico.
Batalha aérea.
Estação de trem aéreo.
Bombeiros voadores.
Carteiro.
Mergulhadores a cavalo.
Esfregão elétrico.
Pesca de gaivotas (isso não cobra nenhum sentido).
Polícia aérea.
Agricultor controlando sua ceifadeira a distância.
Sentinela avançada em um helicóptero.
Criação intensiva em uma granja.
Robô alfaiate da última moda.
Pequenos ladrões de ninho de águia.
Corrida subaquática no Pacífico.
Orquestra bem treinada.
Casa dando um rolê pelo campo.
Madame em sua toalete automatizada.
Tanques de guerra
Torpedeiro.
Croquet submarino.
Onibaleia.
Projetor de micróbios (não tenho nem ideia do que o ilustrador pensou com isso).
Caçada aérea.
Patins elétricos movidos a bateria.
Chamada de vídeo.
Cozinha do futuro.
Colonizador (bem a cara do europeu).
Transporte aéreo.
Tênis aéreo.
Sobrevoando o Louvre com turistas.
Resgate em alto mar.
Telefone.
Arquiteto e sua parafernália.
Monstro abissal.
Soldados em motos blindadas.
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