Muito provavelmente você já experimentou uma e outra vez lançar pedras na água para fazê-la ricochetear ou "fazer patinhos". Este passatempo já era praticado há milhares de anos em tempos da Antiga Grécia, pois o poeta Homero descreve uma aposta entre Jasão e Hércules para ver quem conseguia fazer a pedra dar mais saltos. Também os romanos competiam, mas com conchas marinhas. Inclusive Shakespeare escreveu sobre "fazer patinho" na versão original de "Enrique V". |
Em 6 de setembro de 2013, Kurt Steiner estabeleceu o Recorde Mundial do Guinness de "maior número de ricochetes consecutivos de uma pedra" com impressionantes 88 pulos. A "façanha" foi realizada em Red Bridge, perto de Kane, no estado americano da Pensilvânia.
Kurt, já era o detentor do recorde anterior em duas ocasiões, em 2002 e 2007, e vinha praticando nos últimos anos para melhorar sua habilidade. De acordo com o Guinness, Kurt coletou mais de 10.000 pedras e classificou cada uma de acordo com seu tipo, para se preparar para o melhor lançamento possível.
Ainda que seja uma atividade lúdica, a prática já foi utilizada para "fazer guerra". No século 18 artilheiros navais utilizavam esta técnica com as balas de canhão. Eles mudavam o ângulo de lançamento para assim obter o melhor ricochete e chegar mais longe para conseguir afundar os barcos inimigos.
Durante a Segunda Guerra Mundial o inglês Barnes Wallis inventou a bomba de ricochete, usada pela RAF durante a Operação Castigo para destruir as represas da bacia do rio Ruhr, na Alemanha. As bombas eram desenhadas para que ao impactar contra a água, quicassem esquivando-se das redes anti-torpedo. Quando alcançavam a represa, afundavam e explodiam na base da mesma.
Na atualidade há competições de epostracismo -sim, a prática tem até nome-, onde ganha quem mais ricochetes consegue antes que a pedra afunde. Em 2004 a brincadeira atingiu honras ao ser publicada na revista Nature. Um estudo que concluía que a pedra e a superfície da água devem formar um ângulo (denominado ângulo mágico) de 20º e que este nunca pode superar os 45º, porque caso contrário a pedra não quicaria.
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