Essas fotografias impressionantes de acidentes de carro na década de 1930 foram capturadas por Leslie Jones, um famoso fotógrafo que trabalhou para o Boston Herald-Traveller de 1917 a 1956. Jones documentou a vida diária em Boston e arredores e cerca de 40.000 de seus negativos foram preservados. Uma de suas coisas favoritas era documentar acidentes de carro. Na década de 1930, ele corriau para as cenas de de acidentes e engavetamentos e capturara as consequências em fotos que variavam de mórbidas e trágicas a bizarras e cômicas. |
O que diferencia Jones de seus contemporâneos, e o que torna sua coleção de fotografias realmente incrível, é seu aguçado senso de composição e interesse humano. Como fotógrafo de imprensa, ele estava sempre sob a pressão de prazos que se aproximavam.
Além disso, os editores de jornais não eram conhecidos por sua delicadeza ou deferência para com as habilidades de seus fotógrafos. Diante disso, muitas das fotos publicadas de Jones poderiam ter sido cortadas bruscamente ou, de outra forma, alteradas para caber na história e no espaço da coluna.
Apesar disso, as imagens não recortadas desta coleção são sempre cuidadosamente compostas e mostram um interesse pela atividade humana em curso. Jones tirou centenas de fotos de acidentes de carro, mas seu foco nas multidões de curiosos e espectadores torna essas fotos sombrias quase alegres, e às vezes até engraçadas.
Na década de 1930, os Estados Unidos enfrentaram não apenas a Grande Depressão, mas também um pânico nacional em torno da segurança no trânsito. Em 1935, o presidente Franklin Delano Roosevelt escreveu uma carta aos governadores estaduais, implorando-lhes que reduzissem o número crescente de mortes e ferimentos relacionados a acidentes de carro.
Na década de 1910, excesso de velocidade, direção imprudente, colisões e mortes de pedestres eram novos problemas que exigiam novas soluções. Os primeiros remédios consistiam em uma resposta social focada em controlar e melhorar o comportamento do motorista.
No início da década de 1920, o Conselho Nacional de Segurança compilou estatísticas de acidentes, realizou conferências e patrocinou campanhas da Semana da Segurança nas cidades, na esperança de que o aumento da conscientização pública promovesse uma direção cuidadosa.
Controlar o comportamento do motorista por meio de leis, multas, sinais e prisões por dirigir embriagado eram maneiras óbvias de diminuir a taxa de mortalidade.
Os americanos demoraram a entender a importância de redesenhar os automóveis para tornar a direção mais segura. No início, o automóvel foi percebido como um dispositivo neutro que meramente respondia aos comandos do motorista e não poderia causar um acidente.
Mas, no final da década de 1920, os fabricantes reconheceram que as falhas de projeto comprometiam a segurança e introduziram uma resposta tecnológica às questões de segurança, adicionando pára-brisas resistentes a estilhaços e freios nas quatro rodas, em vez de freios nas duas rodas.
Na década de 1930, essa abordagem evoluiu para uma resposta do mercado à medida que as montadoras promoviam ativamente novas melhorias de segurança, como carrocerias totalmente de aço e freios hidráulicos.
Os fabricantes de automóveis agora garantiam aos motoristas que os carros modernos eram completamente seguros, e os representantes da indústria argumentavam que melhorar as estradas, licenciar os motoristas e regular o tráfego era a chave para a prevenção de acidentes.
Cintos de segurança, colunas de direção que absorvem energia e painéis acolchoados ainda não estavam em uso naquela época, embora todos esses dispositivos tenham sido inventados na década de 1930.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Muito bom!