Três condores-da-Califórnia nascidos e criados no zoológico são soltos

O Centro Jonsson para Conservação da Vida Selvagem no zoológico do estado americano do Oregon liberou na natureza três condores-da-Califórnia (Gymnogyps californianus) que eclodiram e foram criados até a adolescência. Os filhotes demoraram muito para fazer isso, mas eventualmente voaram para os céus abertos do Arizona como deveriam, no mês passado, marcando mais um passo importante no esforço para salvar da extinção esta espécie criticamente ameaçada de extinção pela lista da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Os três jovens devem desempenhar um papel significativo em trazer esta espécie de volta do perigo crítico. Essas aves receberam a primeira designação sob a Lei de Espécies Ameaçadas em 1973. De acordo com o zoológico, havia apenas 22 aves desse tipo em 1989, quando a espécie foi considerada extinta em estado selvagem.

Esforços trazidos pelo Zoológico de Oregon, de San Diego e o de Los Angeles, e outros conservacionistas aumentaram essa população para 400, com metade voando livre.

Desde 2004, 51 condores criados no Zoológico de Oregon foram soltos em áreas selvagens na Califórnia e no Arizona. Atualmente, sete já estão se reproduzindo na natureza. O vídeo abaixo tem mais informações sobre o condor-californiano em perigo crítico.

O número de condores-da-califórnia foi drasticamente reduzido durante o século XIX, devido à caça, destruição de habitat e sobretudo pelo saturnismo. Quando ele se alimenta de carcaças de animais abatidos por projéteis de chumbo, a ave geralmente ingere o metal juntamente com a carne. O chumbo é um metal pesado extremamente tóxico, que pode afetar principalmente os sistemas digestivo, nervoso e sanguíneo, quando ingerido. Ao longo do tempo, a quantidade de chumbo em seu corpo aumenta, pois o condor não dispõe de mecanismos naturais para eliminá-lo do corpo. Por fim, as concentrações de chumbo tornam-se tão altas que os condores morrem.

Os condores, assim como os urubus, apesar de serem conhecidos também por abutres do novo mundo, são, segundo a nova Taxonomia de Sibley-Ahlquist, mais próximos às cegonhas do que dos abutres propriamente ditos.