British Airways e Virgin Atlantic decolam paralelamente aos Estados Unidos

No dia 8 de novembro, os aeroportos americanos voltaram a abris suas portas após 20 meses devido a pandemia do novo coronavírus. Para comemorar, a British Airways e a Virgin Atlantic organizaram uma decolagem paralela do aeroporto de Heathrow de Londres com destino ao JFK em Nova York. Assim, às 8h50, hora local, os voos 1 da British Airways e o 3 da Virgin Atlantic receberam autorização para decolar no que foi aparentemente a primeira decolagem simultânea na história do aeroporto. Os dois voos foram operados por Airbus A350-1000 XWBs.

O fato de serem operados por duas aeronaves iguais e com o mesmo desempenho os ajudou a decolar como se estivessem unidos por uma haste. Mas não era só uma questão das companhias aéreas: precisavam da colaboração do próprio aeroporto e da NATS, empresa que faz o controle do tráfego aéreo no Reino Unido. Na verdade, era uma operação que vinham planejando desde maio, quando começou a surgir a possibilidade dos Estados Unidos reabrirem suas fronteiras.

De acordo com a nota do NATS a este respeito, tiveram que levar em conta múltiplos fatores, a começar pelo horário em que os voos pretendiam decolar. A partir daí, foi necessário continuar respondendo a perguntas como quanto tempo os passageiros precisariam para passar pela segurança, quando a bagagem seria carregada, quais portões deveriam ser usados, o provável tempo de taxiamento.

Mas a operação também teve que ser coordenada com o controle do terminal do aeroporto em Shanwick, que se encarregou de organizar as chegadas para deixar um intervalo de sete minutos durante o qual os voos BA1 e VS3 poderiam decolar. É que em Heathrow uma das pistas é usada para decolagens e outra para pousos, então a correspondente aos pousos teve que ser liberada na manhã daquela semana.

Os dois voos seguiram rotas ligeiramente diferentes através do Atlântico -os britânicos voaram um pouco mais ao norte- acabando por aterrissar com oito minutos de diferença no JFK.