Como eram feitas as bolas de críquete em 1956

A origem do críquete remonta ao sul da Inglaterra, em meados dos anos 1500, com base em um rudimentar jogo rural medieval chamado stoolball. Dois séculos mais tarde se tornou popular quando foi adotado pela nobreza. Na verdade não é um esporte muito estendido no mundo além de Reino Unido, Índia e Paquistão, tanto que muitos nem sabem como é fabricada a sua bola. Este vídeo dos incríveis arquivos da British Pathé, de 1956, apresenta detalhes surpreendentes sobre o processo de como as bolas de críquete eram feitas, demonstrada por um homem chamado Charlie Tingley em Kent, Inglaterra.

O vídeo começa com Charlie cozendo (laqueando) as bolas de críquete em uma cozinha, que faz parte de uma pequena oficina artesanal de bolas. As bolas eram feitas com cubos de cortiça enrolados com fios de algodão até formar o corpo redondo que é então martelado de forma a compactar a bola. A cobertura de couro é então costurada para finalizar a bolinha.

De lá para cá, a bolinha pouco mudou, além do processo fabril mais automatizado. Ainda que a sua estrutura varie conforme o fabricante -alguns utilizam compostos de borracha no local dos fios, o que as torna mais macias e mais fáceis de serem rebatidas-, mas geralmente compreende uma esfera de cortiça no centro envolvida por fios de algodão ou lã, que recebe uma capa de couro que, normalmente é costurada a mão. Essa costura é importante pois ela é a responsável pelos efeitos que fazem com que a bola faça uma curvatura ao longo de sua trajetória, após ser arremessada pelo lançador.