Julio Verne, considerado o pai da ficção científica junto a H.G. Wells, nasceu em Nantes, na região da Alta Bretanha, oeste da França, em 8 de fevereiro de 1828. Suas obras de ficção premonitórias e cheias de aventura utilizaram vários cantos do mundo como cenário, inclusive nosso país em "A jangada: 800 léguas pelo Amazonas", de 1881, ambientada nas regiões do rio Solimões, na fronteira do Brasil e do Peru. Sem nunca ter estado no país o livro é uma fina exploração literária da riqueza natural do Amazonas e da maior bacia hidrográfica do planeta. |
No entanto, ao longo de sua vida realizaria muitas viagens, a maioria a bordo de um dos três barcos que teve, visitando lugares e cidades que tinha mencionado ou incluído em seus livros. Uma dessas viagens lhe levou a Vigo, na costa noroeste da Espanha, em 1878, cidade que tinha aparecido oito anos antes em "Vinte Mil Léguas Submarinas".
Durante quatro dias, ente 1 e 4 de junho permaneceu na cidade percorrendo-a e assistindo a diferentes atos feriados, em uma estadia que lhe resultou acolhedora tal e qual escreveria mais tarde a seu amigo Pierre-Jules Hetzel. Prova disso é que voltaria seis anos mais tarde.
Depois seguiu rumo ao sul visitando Lisboa, Cádiz, Tanger, Gibraltar, Málaga, Tetuan e Argel. Foi depois deste périplo que, na volta, decidiu se estabelecer na cidade de Amiens, no norte da França. Ali, quando tinha 58 anos, em 1886, recebeu um tiro na perna, efetuado por seu sobrinho Gastón, mentalmente desequilibrado, que o deixou manco para sempre.
Dois anos mais tarde interessou-se pela política e foi eleito vereador, cargo que ostentou durante os quinze anos seguintes. Ali em Amiens morreu em 24 de março de 1905 por causa de sua diabetes, e foi enterrado no cemitério da Madeleine. Jules Gabriel Verne tinha 77 anos.
Em um primeiro momento sua sepultura não tinha nada de especial. Mas dois anos mais tarde o escultor Albert Roze utilizou a máscara mortuária que tinham tomado do escritor para criar um monumento em conformidade com o gênio imortal de Verne.
Os visitantes que se aproximam hoje a visitar a sepultura podem contemplar como a surpreendente figura de Julio Verne emerge de sua sepultura se libertando de sua mortalha e rompendo a lápide. A escultura estende um braço para o alto e olha para a luz, representando assim a imortalidade do autor junto com o tema da ressurreição. O título da obra é "Para a imortalidade e a eterna juventude".
Com o tempo, a sepultura se tornou um ícone, até o ponto que a revista Amazing Stories que começou a ser publicada em 1926, incorporou durante muitos anos um desenho da mesma em sua capa.
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