OmniFibra, o tecido robótico que pode detectar, reagir e modelar o movimento humano

As roupas do futuro poderiam ajudar a treinar cantores ou atletas para controlar melhor sua respiração? Essas roupas poderiam monitorar e ajudar a restabelecer os padrões respiratórios de pacientes que estão em reabilitação após doença ou cirurgia? Este é o desafio para o qual os pesquisadores da invenção têxtil do MIT Media Lab, da Universidade de Uppsala e do Instituto de Tecnologia KTH estão projetando. A criação, chamada OmniFibra, bombeia ar comprimido -ou potencialmente qualquer meio fluídico- através de fibras finas e ocas que podem ser tecidas de várias maneiras.

O tecido robótico resultante dobra, aperta, estica, pulsa e enrola, tanto sentindo quanto reagindo aos movimentos de seu usuário. A engenheira de design Ozgun Kilic Afsar explica como esse tecido funciona no vídeo abaixo:

- "Como uma aplicação de teste inicial do material, a equipe fez um tipo de roupa de baixo que os cantores podem usar para monitorar e reproduzir o movimento dos músculos respiratórios", explica Ozgum. - "Isso depois fornece feedback cinestésico através da mesma roupa para incentivar a postura e os padrões respiratórios ideais para o desempenho vocal desejado."

Os pesquisadores fizeram um cantor de ópera com formação clássica se apresentar enquanto usavam a roupa feita de suas fibras robóticas e registraram os dados de movimento dos sensores de tensão tecidos na roupa. Em seguida, eles traduziram os dados do sensor para o feedback tátil correspondente.

- "Conseguimos alcançar tanto a sensibilidade quanto os modos de atuação que queríamos no têxtil, para gravar e reproduzir os movimentos complexos que poderíamos capturar da fisiologia de um cantor especialista e transpô-lo para um não cantor, um corpo de aprendiz iniciante", diz ela. - "Portanto, não estamos apenas capturando esse conhecimento de um especialista, mas somos capazes de transferi-lo para alguém que está apenas aprendendo."