Em 1969 a Inglaterra queria usar uma bomba nuclear para cavar um buraco

No começo dos anos 60, os Estados unidos criaram o Projeto Plowshare, um programa geral que visava o desenvolvimento de técnicas para usar explosivos nucleares para fins de construção pacífica. Como parte do programa, 31 ogivas nucleares foram detonadas em 27 testes separados, no que acabou sendo chamado de Explosões Nucleares Pacíficas (PNE). Para não ficar para trás os soviéticos emprestaram a terrível ideia dos americanos e criaram um programa semelhante que foi realizado sob o nome de Explosões Nucleares para a Economia Nacional (ENEN).

arque Nacional North York Moors.

Afinal, após a Segunda Guerra Mundial, o mundo tinha apenas duas potências nucleares, os EUA e a União Soviética. Mas os dois países não foram os únicos a ter essa ideia de jerico. Em 1969, a Grã-Bretanha também planejava realizar uma explosão nuclear subterrânea em um parque nacional em Yorkshire.

O objetivo era criar um grande buraco para um tanque de armazenamento de gás de forma acelerada. Nós já estamos acostumados as histórias das consequências das PNE e ENEN, mas Tom Scott descobriu esse plano esquecido e ficou horrorizado com a ideia insana de usar bombas nucleares para cavar buracos no Parque Nacional North York Moors.

Quanto ao Projeto Plowshare, os impactos negativos dos testes geraram uma oposição pública significativa, e as autoridades acabaram percebendo que era uma péssima ideia, o que acabou levando ao encerramento do programa em 1977. Os soviéticos continuaram até 1989, quando até 156 testes nucleares foram conduzidos.