Nesta quinta-feira chegou aos cinemas londrinos um documentário sobre Charles Chaplin, estreado no festival de cinema da capital britânica BFI em outubro do ano passado. "The Real Charlie Chaplin" entrou nas primeiras resenha como uma história sobre o lado obscuro do ícone do cinema mudo, e inclui os depoimentos de seus filhos, que descrevem uma pessoa diferente do cômico que fez todo mundo rir. Assim, seu filho Michael, de 75 anos, revela aos espectadores que "tinha um pouco de medo" de seu pai, porque em casa ele era uma pessoa totalmente diferente. |
- "Era tão poderoso que não dava para discutir com ele, porque sempre tinha razão", comentou Michael. - "Ele acabava asfixiando a todos que se aproximavam muito dele. Não podia evitar", agregou.
Sua irmã Geraldine, de 77 anos, declarou que seu pai "não era Charles Chaplin".
- "Sabia que eram a mesma pessoa, mas não se pareciam em absoluto, exceto quando tinha uma audiência, se transformava em Charles Chaplin, aquele outro homem sorridente", contou.
Outra filha do ator, Jane, que agora tem 64 anos, afirmou que seu pai era "inacessível".
- "Seu pai está trabalhando, não o incomode, perderá sua inspiração", eram as frases que Jane costumava escutar quando era menina. - "Nosso mundo girava ao redor do bem-estar de meu pai", disse, ao contar que Chaplin foi perseguido por dúvidas durante toda sua vida e que seu difícil passado de extrema pobreza nunca o deixava tranquilo.
- "Conseguiu o sonho de sua vida, mas não acho que tenha superado suas dúvidas. Alguém é realmente capaz de superar de onde vem? Não acho que isto abandone você nunca", sustentou Jane, em referência à traumática infância do ator, que foi separado de sua mãe que era mentalmente instável e teve que pedir esmola nas ruas, experiência que o marcou por toda vida e ficou estampada claramente no filme "O Garoto", de 1921, sem deixar de recordar que podia perder tudo em qualquer momento.
O novo documentário também recorda que por trás do homem que todos conheciam como um grande ator estava uma pessoa descrita por seus quatro casamentos como abusiva e exploradora. Da mesma maneira, falam de suas preferências por adolescentes menores de idade com as quais se atrevia a estabelecer relações sexuais e românticas.
A relação com sua futura esposa Lita Grey começou quando ela tinha 15 anos, mas se fixou nela no set de "O Garoto" quando tinha só 12 anos, atraído por esses olhos fascinantes que a faziam parecer muito misteriosa, segundo as palavras do próprio Chaplin descritas na autobiografia de Lita Grey publicada em meados dos anos 60.
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Comentários
Certo. E aí, Internet, vão cancelar o Chaplin também?