A maioria de vocês provavelmente está imaginando um mar de dunas cheio de ondas após ondas de areia varrida pelo vento e queimada por um sol implacável. A visão parece quase interminável, desolação em todas as direções. Na verdade, essa descrição soa verdadeira para apenas uma pequena proporção do maior deserto quente da Terra. Dos cerca de 9 milhões de quilômetros quadrados do deserto do Saara -quase o mesmo tamanho da China-, apenas cerca de um quarto está realmente coberto de areia. O resto é uma superfície dura, rochosa e irregular, sua mundanidade ocasionalmente quebrada por salinas, montanhas ou vales. |
Com efeito, no olho do Saara, há pequenos bosques que se formaram no leito de antigos rios e bosques. As dunas pitorescas do Saara são relegadas a áreas chamadas ergs: áreas amplas e planas de deserto cobertas de areia. Estes se formam a favor do vento de leitos de rios secos, deltas, planícies aluviais e lagos, onde sedimentos anteriormente afogados dessecam e, ao longo dos anos, são soprados por quilômetros e quilômetros.
O Grande Mar de Areia, que abrange o Egito e a Líbia, é um dos ergs mais notáveis do Saara. Só ele cobre 72.000 quilômetros quadrados, uma área um pouco menor que o estado de Santa Catarina, com seus 96.730 quilômetros quadrados.
As dunas de areia do Saara se destacam tanto auditivamente quanto visualmente. Grandes dunas curvas compostas principalmente por grãos de areia contendo sílica entre 0,1 mm e 0,5 mm de diâmetro com certa umidade podem gerar um tremendo ruído ressonante quando o vento passa sobre elas. Esse zumbido estrondoso, provavelmente criado pelo atrito entre grãos de areia ou compressão do ar, pode atingir 105 decibéis, aproximadamente o equivalente a um helicóptero próximo!
Embora seja tecnicamente um mito que o deserto do Saara seja coberto principalmente por areia, em alguns milhares de anos, nossa concepção do Saara pode mudar completamente, desde que ainda estejamos por perto, lógico. Isso porque o Saara pode alternar de seco e inóspito a úmido e verdejante a cada 20.000 anos ou mais.
Examinando depósitos de poeira que remontam a 240.000 anos, uma equipe de pesquisadores relatou em 2019 que os sedimentos pareciam mudar de secos para úmidos em sincronia com pequenas mudanças na inclinação do eixo da Terra. De fato, o Saara parece ser uma região da Terra em fluxo geológico constante.
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Comentários
Se bombeasse água do mar para o deserto para produzir sal, a água evaporada deixaria o ar mais úmido e teria mais chuvas,