Deve ser um dos fenômenos naturais mais admiráveis, majestosos e cativantes. Refiro-me às auroras boreais, estranhas luzes que brilham durante certas noites nos pólos e que cativam o mundo com suas maravilhosas cores e movimentos. Transmitem uma passividade e ao mesmo tempo uma grandeza, uma imensidão que creio nunca antes ter sentido. Conhecidas também conhecidas como "luzes do norte", há também as "luzes do sul", porque no momento que ocorre um festival de auroras boreais, no mesmo instante, como se fosse um espelho, ocorre um espetáculo de auroras austrais, ainda que esta seja mais difícil de ver, devido a geografia. |
As auroras ocorrem basicamente pela liberação de partículas solares carregadas eletricamente, chamadas ventos solares, para nossa atmosfera. Os ventos solares colidem com diferentes gases dentro da magnetosfera, a camada mais exterior e estendida de nossa atmosfera terrestre, o que produz uma excitação destes que terminam por liberar essa energia, que se manifesta em diferentes espectros de luz visível.
A cor mais comum para as auroras são os tons verdes/amarelos, que são o resultado da colisão dos ventos solares com o oxigênio localizado a uns 100 quilômetros sobre a Terra. Também existe oxigênio presente em maiores alturas, até uns 320 quilômetros sobre a terra, e a colisão dos ventos solares com oxigênio a estas alturas produz auroras de tonalidades vermelhas e rosas. Dentro de nossa atmosfera também existe nitrogênio, o que é responsável por tonalidades mais azuladas e púrpuras, as quais são menos frequentes dada a menor presença deste gás.
O fotógrafo Vincent Ledvina capturou imagens absolutamente magníficas da Aurora Boreal iluminando os céus de Fort Yukon, uma cidade localizada no estado americano do Alasca, em fevereiro e março de 2022, que ele combinou em uma linda compilação. Ledvina passou mais de uma semana perseguindo esse glorioso show de luzes.
A atividade das auroras depende da atividade do sol ou ondas solares, e portanto em épocas de tempestade solar, os polos transformam-se em um verdadeiro festival de luzes. A intensidade do vento solar é modulada pelo período rotacional do sol e pelos ciclos de atividade solar que são de 11 anos. O último grande período de atividade solar foi registrado em 2014, pelo que, em teoria, teríamos que esperar até 2025 para poder ver uma atividade semelhante. Ocorreram casos onde a atividade solar foi tão potente que chegaram a ver auroras boreais na Inglaterra e austrais na Argentina.
Do contrário esta luzes só podem ser observadas dentro do círculo polar ártico, na América, ao norte de Canadá, ou no Alasca, ou dentro da Europa, ao norte de países como Noruega, Suécia, Finlândia ou também em Islândia e Groenlândia. Para o caso das auroras austrais é mais difícil, já que o círculo polar antártico encontra-se basicamente a nível da Antártica. No entanto, é possível observar este magnífico espetáculo ao sul de Nova Zelândia, em cidades como Queenstown, por exemplo.
Vincent Ledvina registrou mais de 8000 fotos durante 8 noites perseguindo as auroras, depois ele produziu o curta-metragem em time-lapse acima, combinando muitas sequências que ele havia capturado. No entanto ele também gravou o fenômeno em tempo real, conforme mostrado no vídeo abaixo.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários