Se tivesse que escolher um cheiro que muda o seu estado de humor (para bom), qual seria? Dificilmente estaríamos todos de acordo, ou talvez não? Algo assim foi o que estudou uma equipe de pesquisadores, chegando a uma conclusão: há um cheiro que todos conhecemos e que é universalmente "o mais agradável". De fato, este cheiro existe em muitos produtos hoje em dia. Segundo Artin Arshamian, pesquisador do Departamento de Neurociência Clínica do Instituto Karolinska, e autor de um novo estudo publicado na revista científica Current Biology: |
- "As culturas de todo mundo classificam os diferentes cheiros de maneira similar sem importar de onde venham, mas as preferências de cheiro têm um componente pessoal, ainda que não cultural."
Para chegar a um consenso e encontrar esse cheiro "universal bom", o estudo recrutou narizes de todo mundo com a ajuda de uma equipe internacional que realizou suas investigações tanto em condições experimentais como no campo. Estes voluntários eram de uma ampla faixa de origens, incluídos alguns grupos indígenas que tinham muito pouca exposição a cheiros e alimentos fora de sua própria cultura. Para Arshamian:
- "Queríamos examinar se as pessoas de todo o mundo têm a mesma percepção do cheiro e gostam dos mesmos tipos de cheiros, ou se isto é algo que se aprende culturalmente. Tradicionalmente foi visto como cultural, mas podemos demonstrar que a cultura tem muito pouco a ver com isso."
Finalmente, após a análise chegaram a conclusão que a baunilha é a ganhadora dos cheiros baseados no prazer com um atrativo universal. E não, nem todos os participantes a definiram como seu cheiro favorito, mas em termos gerais à maioria achou seu cheiro mais agradável em seu conjunto.
Pelo contrário, o cheiro que ficou no extremo da escala de valores como o universalmente menos favorecido foi o chamado ácido isovalérico, que se encontra em alimentos como o leite de soja e queijo, ainda que também faça parte do "perfume" da bromidrose plantar, mais conhecido como chulé. Segundo Arshamian:
- "Agora sabemos que existe uma percepção universal do cheiro que está impulsionada pela estrutura molecular e isso explica por que gostamos ou não gostamos de um determinado cheiro. O seguinte passo é estudar por que isto é assim ao vincular este conhecimento com o que ocorre no cérebro quando cheiramos algo em particular."
O trabalho finaliza explicando que o desacordo entre cheiros dos grupos se deve em parte à estrutura molecular (41 por cento), ainda que estão mais influenciados (54 por cento) pela aprendizagem ou nossa composição genética.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários