Mpemba, o bizarro efeito que permite que água quente congele mais rápido do que a fria

Os seres humanos adoram descobrir sobre curiosidades do mundo, por isso não é surpresa que a maioria das pessoas adora ler sobre fatos novos e interessantes. A grande maioria desse tipo de informação fará com que a gente diga "Uau!" ou sorria ligeiramente questionando: - "Como não pensei nisso antes?. No entanto, existem alguns fatos estranhos, mas verdadeiros, que parecem tão ultrajantes que nossa reação imediata a eles é que devem ser falsos ou produto de desinformação.

Esses podem ser fatos que parecem completamente contraintuitivos de como o mundo parece funcionar. Ou talvez eles sejam o tipo de coisa que você esperaria que os "Os Caçadores de Mitos" tivessem desmascarado há muito tempo. No entanto, eles acabam sendo verdadeiros e deixam você surpreso que algo tão bizarro possa ser genuíno.

Uma dessas curiosidades bizarras é que podemos ouvir a diferença entre água quente e fria. Sério! Vários experimentos ao longo da última década revelaram que as pessoas podem facilmente dizer a diferença entre água quente e fria usando apenas a audição.

O som emitido pela água derramada é distinto o suficiente para que a grande maioria dos indivíduos seja capaz de distingui-los com quase 100% de precisão. A razão é que a água fria é mais viscosa, o que efetivamente a torna mais espessa e dá um som diferente da água quente, que é menos "espessa" e, portanto, produz um ruído de frequência mais alta.

Se você não acredita, no seguinte vídeo, Steve Mould, convidado de Tom Scott, demonstra esta habilidade que temos de "ouvir" a temperatura, ou discernir água quente e fria apenas usando a audição.

Há uma curiosidade ainda mais esquisita relacionada com água quente e fria. Embora nem sempre aconteça, pois é necessário que ocorra algumas condições simultâneas, é fácil observar regularmente a água quente congelando mais rápido do que a água fria, algo que pareceria contraintuitivo.

O nome do efeito é Mpemba e vem faz décadas intrigando os cientistas, que criaram uma série de hipóteses para tentar encontrar uma resposta de porque isso acontece. Uma das explicações mais recentes é que as moléculas quentes na água são capazes de se esticar à medida que se afastam. Isso permite que suas ligações covalentes relaxem e liberem energia um processo que é efetivamente o mesmo que resfriamento.

O efeito recebeu o nome de um estudante da Tanzânia que, em 1963, notou que o caldo de um sorvete derretido congelou mais rápido do que parte do sorvete que começava a derreter. O efeito foi observado pela primeira vez por Aristóteles no século 4 a.C., depois Francis Bacon e René Descartes. Mpemba publicou um artigo sobre suas descobertas em 1969.