Entre a década de 1840 e o início da década de 1900, os loops nas montanhas-russas eram perfeitamente circulares, o que fazia com que os carrinhos se movesse muito rápido na parte inferior e muito devagar no topo. A rápida subida criava uma força centrífuga (força G) excessiva que pressionava os passageiros nos assentos desconfortavelmente. Mas a desaceleração no topo podia deixá-los de cabeça para baixo com a possibilidade de caírem de seus assentos à medida que a força centrífuga enfraquecia e a gravidade se tornava a força dominante. |
Só para que se tenha uma ideia, algumas montanhas-russas com loop circular podia exercer até 14 Gs em uma pessoa, o que não é nada legal se você não estiver fazendo treinamento para ser astronauta. Normalmente, uma pessoa comum pode suportar uma aceleração de até 5 Gs antes de perder a consciência. Porém, com trajes especiais e o devido treinamento, pilotos militares conseguem aguentar até 9.
Os projetistas então perceberam que podem diminuir o efeito da força centrífuga de uma montanha-russa modificando os raios do loop. Assim, em um loop em forma de lágrima, o raio menor é maior do que em um círculo perfeito e mais rapidamente no topo, onde o raio é pequeno e a velocidade já é menor.
Uma vez que o perigo da força G extrema foi revelado, essas montanhas-russas circulares foram fechadas. Os recém-projetados e muito mais seguros loops clotóide tornaram-se a norma. Além disso, o aço oco substituiu a madeira e o carro único tornou-se o carro múltiplo com até 20 passageiros. E desde então os loops explodiram em popularidade por serem emocionantes em vez de prejudiciais.
Na reportagem da Vox acima, o produtor Edward Vega explica a história das montanhas-russas, explicando especificamente por que os loops hoje não são perfeitamente circulares devido ao perigo que representam para o corpo humano. Infelizmente, essa informação não foi tão pesquisada nos primeiros dias das montanhas-russas quanto nos tempos modernos.
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