Como um homem descobriu uma lixeira cheia de obras de arte que valem milhões

Diz-se popularmente que "o lixo de uma pessoa é o tesouro de outra". Para Jared Whipple, um skatista e mecânico de Watertown, no estado norte americano de Connecticut, que encontrou pilhas de obras de arte em uma lixeira, esse ditado pode se tornar literal. Em 2017, o amigo de Jared pediu que ele ajudasse a limpar um celeiro abandonado de 40 anos. Lá ele encontrou uma lixeira cheia de pinturas expressionistas. Depois de muito procurar, ele encontrou uma com o nome do artista e iniciou um esforço de pesquisa que se estenderia pelos próximos 5 anos.

O lixo que virou tesouro pertencia a Francis Hines, um artista que morreu em relativa obscuridade, em 2016, quando seu trabalho quase se perdeu para sempre. O que restou do legado artístico de Francis -um corpo de trabalho que inclui composições abstratas impressionantes envoltas em tecido esticado- foi deixado na lixeira perto do celeiro abandonado.

Hines, de fato, havia armazenado seu trabalho no celeiro, mas após sua morte em 2016, sua obra foi considerada adequada para um aterro sanitário. Felizmente, Jared encontrou o lixo vibrante.

Nos anos seguintes, Jared e o historiador de arte Peter Hastings Falk trabalharam para aumentar a conscientização e o interesse pelo trabalho de Hines. Seus esforços finalmente valeram a pena. No último maio, a galeria Hollis Taggart abriu uma exposição individual do trabalho de Francis em Southport, Connecticut, com uma seleção menor de obras em exibição em seu espaço em Manhattan.

Embora Hines tenha se retirado em grande parte do mundo da arte na época de sua morte, entre os anos 1960 e 1980 ele era uma figura bem conhecida no mundo da arte de Nova York. Ele expôs com a Galeria Vorpal por anos e criou uma série de intervenções de arte pública pela cidade que culminou em seu icônico embrulho do arco no parque da Washington Square em 1980.