A Apollo 1, inicialmente designada AS-204, foi a primeira missão tripulada do programa Apollo, o empreendimento americano de pousar o primeiro homem na Lua. Foi planejado para ser lançado em 21 de fevereiro de 1967, como o primeiro teste orbital baixo da Terra do módulo de comando e serviço Apollo. A missão nunca voou; um incêndio na cabine durante um teste de lançamento no Complexo de Lançamento da Estação da Força Aérea do Cabo Kennedy em 27 de janeiro matou todos os três membros da tripulação: os pilotos Gus Grissom, Ed White e Roger B. Chaffee, e destruiu o módulo de comando. |
O nome Apollo 1, escolhido pela tripulação, foi oficializado pela NASA em sua homenagem após o incêndio. Imediatamente após o incêndio, a NASA convocou um Conselho de Revisão de Acidentes para determinar a causa do incêndio, e ambas as câmaras do Congresso dos Estados Unidos realizaram seus próprios inquéritos de comitê para supervisionar a investigação da NASA.
A fonte de ignição do incêndio foi determinada como elétrica, e o fogo se espalhou rapidamente devido ao material de nylon combustível e à atmosfera da cabine de oxigênio puro de alta pressão. O resgate foi impedido pela escotilha da porta, que não podia ser aberta contra a pressão interna da cabine. Como o foguete estava sem combustível, o teste não era considerado perigoso e praticamente não havia preparação para emergências.
Durante a investigação do Congresso, o senador Walter Mondale revelou publicamente um documento interno da NASA citando problemas com o principal contratante da Apollo, a North American Aviation, que ficou conhecido como o Relatório Phillips. Essa divulgação envergonhou o administrador da NASA James E. Webb, que desconhecia a existência do documento, e atraiu controvérsia para o programa Apollo.
Apesar do descontentamento do Congresso com a falta de abertura da NASA, ambos os comitês do Congresso decidiram que as questões levantadas no relatório não tinham relação com o acidente.
Os voos tripulados da Apollo foram suspensos por vinte meses, enquanto os perigos do módulo de comando eram resolvidos. No entanto, o desenvolvimento e os testes não tripulados do módulo lunar e do foguete Saturno V continuaram.
O que ocorreu de fato foi um curto-circuito no interior da cabine, Gis, via rádio, comunicou que havia fogo no "cockpit". Segundos mais tarde, era possível ouvir Roger dizendo que ele e seus companheiros sairiam do módulo de comando. Mas não conseguiram, pois a escotilha de saída possuía apenas trancas mecânicas, e os esforços dos astronautas na tentativa de abri-la mostraram-se inúteis. A equipe que trabalhava fora da espaçonave procurou, em vão, abrir a escotilha em meio ao calor insuportável.
Quando, finalmente, conseguiram abrir o módulo os três astronautas já estavam mortos, ainda que a roupa espacial os tenha protegido do fogo, a inalação excessiva de fumaça foi fatal. Como resultado desse acidente, toda programação do projeto Apollo foi atrasada em vinte e um meses. Durante esse período, os engenheiros da NASA modificaram completamente a cabine do módulo de comando. Cerca de 1 300 alterações foram feitas.
A primeira missão tripulada bem sucedida do projeto Apollo foi o voo da missão Apollo 7.
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Comentários
Existe um Memorial, hoje abandonado, em homenagem à esses três astronautas mortos no acidente.
Fica no campo de lançamentos da NASA, mas creio que só uma vez por ano, alguém vá lá, marcar presença....