Conheça a mulher recordista que caminha sobre desfiladeiros com nada além de uma corda

O highline é mais do que apenas uma busca física, é também um grande desafio mental. Mas uma vez que os participantes superam seu medo, o processo de colocar um pé na frente do outro se torna uma experiência meditativa para muitos desses atletas talentosos. A primeira vez que Faith Dickey pisou em um highline, ela ficou, justificadamente, aterrorizada. Ela agora é uma pioneira do esporte com vários recordes mundiais em seu currículo, mas a primeira vez que experimentou o esporte teve que fazer alguns ajustes mentais.

- "A primeira vez que fiz highline, a experiência foi tão intensa que senti que minhas habilidades no slackline desapareceram", explicou ela. - "Nunca pensei que tivesse medo de altura, mas uma vez no highline parecia que tinha. Meu corpo inteiro tremia. Era quase como se fosse muita informação para o meu corpo experimentar. Agora eu sei que foi uma adrenalina como eu nunca tinha experimentado antes."

Com o tempo, a nativa de Austin, no estado norte-americano do Texas, construiu confiança suficiente em si mesma para enfrentar qualquer highline que lhe fosse colocada. Ela estudou a mecânica do esporte para poder entender completamente o processo, e quanto mais o fazia, melhor ficava.

Com a confiança veio a coragem, coisa que Faith tem muito! Ela começou a se desafiar com linhas mais longas e mais altas, eventualmente enfrentando desfiladeiros e montanhas em toda a Europa, além dos Estados Unidos. Em 2010, ela estabeleceu um recorde pessoal de highlining a 1.200 metros nos Alpes Suíços. Alguns anos depois, ela estabeleceu um recorde mundial como a primeira mulher a atingir um comprimento de 100 metros de highlining.

- "Eu não me considero uma viciada em adrenalina. Para mim, highlining é metódico e meditativo. Com cada highline que eu ando, há um monte de preparação", explicou Faith. - "E então, uma vez que estou na linha, há uma sensação de calma; todas as pressões externas desaparecem. Estou no momento, focada apenas no meu equilíbrio e no que está à minha frente."

Faith logo percebeu que havia muito poucas praticantes e decidiu mudar esse fato. Ela organizou o primeiro Encontro Feminino de Highline, um festival na República Tcheca onde as highliners podem interagir e praticar suas habilidades. A participação no evento quadruplicou nos primeiros anos!

Enquanto a maioria dos highliners usa um cinto de segurança no caso de cair, Faith é uma das poucas atletas que tentou highlines "solo livre", ou sem qualquer equipamento de segurança. Apesar de suas conquistas, Faith insiste que seu esporte é mais uma questão de agilidade mental do que física.

Faith insiste que seu esporte é acessível para todos, desde que estejam mentalmente prontos para enfrentar seus medos! Ela conseguiu trilhar um caminho que muitas mulheres não trilham, não porque não podem, mas porque acham que não podem. Com a mente sobre a matéria, quase tudo é possível!