Micromundo: Viajando para o lugar mais extremo do universo

Às vezes refletimos sobre o tamanho infinito do cosmos e pensamos em quão insignificantes somos nós e todos os nossos problemas. Será que algum dia viajaremos além de nossos limites físicos? Mas isso é tudo relativo. Se nos reduzíssemos a um tamanho exponencialmente menor, estaríamos em um universo totalmente diferente, onde nunca iríamos além de nossos limites físicos, mesmo que fossem do tamanho de um pequeno pedaço de grama. Podemos escapar dos problemas do mundo humano, mas encontraríamos outros problemas relacionados à física e à influência do mundo mais amplo que a vida microscópica nunca pode perceber.

O universo é muito grande e muito estranho. Centenas de bilhões de galáxias com sextilhões de estrelas e planetas e no meio de tudo isso está a terra. Mas por mais enorme que o universo pareça estar olhando para cima, ele parece ficar ainda maior quando você começa a olhar para baixo. Você está se elevando sobre mundos dentro de mundos, dentro de mundos... cada um à vista de todos e ainda assim escondido de sua experiência.

Quando olhamos ao nosso redor, vemos árvores, plantas e talvez alguns pássaros. Esses organismos são visíveis a olho nu. Por muito tempo, os cientistas pensaram que a "natureza" era composta apenas dessas coisas visíveis. Hoje, sabemos melhor. Dois terços da vida na Terra são microorganismos, que não podem ser vistos sem um microscópio.

Nos 3,5 bilhões de anos em que habitaram a Terra, os micróbios evoluíram e se adaptaram a quase todos os tipos de ambiente. É por isso que eles podem viver nos lugares mais extremos. Onde quer que haja comida, há vida. E os micróbios comem quase tudo, incluindo metais, ácidos, petróleo e gás natural. O número de diferentes espécies de microrganismos é enorme, e novas espécies são descobertas todos os dias.

Por mais alucinante que seja, este vídeo do coletivo Kurzgesagt – In a Nutshell nos leva exponencialmente para tamanhos cada vez menores para ver como são esses mundos. Ele se baseia em uma hipotética viagem que começa em um parque, com cerca de mil metros de comprimento, o suficiente para uma caminhada de 15 minutos. Toda vez que clicamos em um botão mágico, ficamos mil vezes menores.

Embora tenhamos certeza de aprender algo novo sobre a física dos pequenos mundos ao nosso redor, isso também pode nos lembrar dos tipos de coisas que ponderamos durante uma experiência psicodélica. Uma vez que voltamos à nossa escala normal, não podemos deixar de pensar nas partes do nosso universo que são tão grandes que não podemos imaginá-las enquanto habitamos o mundo que conhecemos.

E se alguma forma de vida inteligente estivesse experimentando conosco agora, mas nunca pudéssemos detectá-la porque são maiores do que o nosso universo conhecido? Em outras palavras, o tamanho importa. No final, o lugar perfeito pode ser onde você está agora; nem muito grande, nem muito pequeno.