Um documentário feito pelo canal do Youtube Voice of America (VOA) expõe como funciona uma das fazendas de bitcoin, localizada em um terreno de 5.000 metros, na cidade de Villarrica, departamento de Guairá, Paraguai. A área tem uma taxa de energia especial. Enquanto o mundo discute a proliferação de fábricas de bitcoin, as fazendas de produção dessa moeda virtual estão se fortalecendo no país vizinho. Produzir no Paraguai é mais barato que no resto do mundo e um dos fatores determinantes é o preço e a disponibilidade de energia elétrica. |
Dica do amigo Rusmea, via Facebook, o documentário intitulado "A febre da mineração de bitcoin no Paraguai", mostra como funciona uma das megafábricas de moeda digital no país.
Villarrica é terreno fértil para a produção de criptomoedas, já que a empresa que fornece energia, a Clyfsa, tem uma tarifa diferenciada do resto do país, graças a um subsídio.
Juan José Benítez Rickmann, diretor de Ativos Digitais de mineração de bitcoin, com sede em Assunção, explicou à VOA que a produção de bitcoin no Paraguai é muito mais barata do que em outros países.
Juan explicou que o processo de produção de um bitcoin é especificado por meio de validações de transações realizadas na internet. Por sua vez, o engenheiro Emanuel Friedmann assegurou que em Villarrica milhares de famílias se dedicam à produção nacional de criptomoedas.
- "Como há energia barata no país, foi encontrada uma nova forma de investir e ganhar dinheiro", disse.
Em relação à megafábrica de criptomoedas, ele explicou que existem cerca de 4.000 máquinas que trabalham no local gerando renda. Emanuel explicou que a energia usada apenas na fazenda da fábrica de criptomoedas é equivalente ao consumo de energia que poderia abastecer cerca de 20.000 residências.
O déficit energético gerado pelas criptomoedas desperta alguma preocupação e é questionado por diversos setores. Da mesma forma, as reclamações sobre baixa tensão na área de Villarrica estão aumentando.
A Administração Nacional de Eletricidade (ANDE ) deixou de conceder o fornecimento de energia elétrica para este tipo de atividade a partir deste ano devido ao fato de ter sido gerado um prejuízo milionário durante o ano de 2021. Nesse quadro, a estatal de eletricidade preparou um projeto de taxa especial para mineração de criptomoedas e o apresentou à Equipe Econômica do Governo para estudo.
A estatal propôs um novo grupo de consumo para inclusão na tabela de preços, que seria o de consumo intensivo especial. Em agosto passado, o Poder Executivo vetou por completo um projeto de lei que regulamentava a mineração, comercialização, intermediação, troca, transferência e administração de criptomoedas ou instrumentos que permitem o controle sobre criptoativos.
A rejeição do Poder Executivo baseia-se na posição da Administração Nacional de Energia Elétrica (ANDE), que sustenta que a atividade de mineração é caracterizada pelo alto consumo de energia elétrica, com uso intensivo de capital e pouco uso de mão de obra, que deve ser caracterizado como consumo eletrointensivo e não como consumo industrial.
A BBC Mundo também foi a Villarrica para mostrar a proliferação de fazendas de produção de bitcoin e como a mineração caseira em antigas fábricas de algodão no Paraguai é estimulada pelos baixos preços da eletricidade. Villarrica está passando por uma febre de mineração de criptomoedas. Ali, conceitos abstratos como criptomoeda, bitcoin ou ethereum podem ser ouvidos na boca de gente comum.
Villarrica tem 60.000 habitantes e cerca de 30.000 computadores dedicados a este novo negócio, que chegou à cidade há dois anos. Só para entender a febre, basta saber que um bitcoin é produzido a US$ 13.000 no Paraguai, enquanto nos EUA a produção custa US$ 30.000. Isso se deve à mão de obra barata e aos baixos custos de energia.
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