Embora pareça que várias tecnologias estão dominando completamente muitas partes diferentes da vida humana, parece que até mesmo algumas coisas feitas pelo homem são melhor feitas pela natureza. Portanto, alguns lugares do mundo decidiram confiar em amêijoas e mexilhões para auxiliar no monitoramento da qualidade de sua água. Apesar da maioria estar acostumada a ver mariscos em um prato chique, alguns deles têm uma missão mais importante: monitorar a pureza da água potável. |
Um plano de tratamento de água na Polônia conta com mexilhões para detectar mudanças na qualidade dos rios Vistula e Warta, as principais fontes de água para as cidade de Varsóvia e Poznań, respectivamente, áreas metropolitana que abrigam milhões de pessoas.
Os rios Vistula e Warta fluem através de regiões densamente povoadas e industriais da Polônia. De particular interesse para a qualidade da água do rio são os metais pesados. Para ajudar a resolver isso, os engenheiros das estações de tratamento de água colocaram os talentos dos moluscos para trabalhar.
Os mexilhões filtram a água para se alimentar de organismos microscópicos; enquanto a água está limpa, eles ficam abertos. Eles são bons organismos indicadores porque não só são muito sensíveis aos poluentes em seu ambiente, mas também exibem uma reação clara à má qualidade da água: fecham suas conchas.
As estações de tratamento de água contam com a sensibilidade dos mexilhões, oito deles, para alertá-los sobre problemas de qualidade da água. Sensores colados nas conchas dos mexilhões informam a um computador quando as conchas se fecham. Quando quatro mexilhões fecham ao mesmo tempo, o sistema liga o alerta.
O método criativo que utiliza os mexilhões como bioindicadores, dão uma ideia da saúde do ecossistema, mas são só um "alerta precoce" da qualidade da água. As empresas públicas de saneamento básico das prefeituras das referidas cidades mantém um sistema complexo de sensores para medir demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, oxigênio dissolvido, potencial hidrogeniônico, turbidez, entre outras medidas de parâmetros comumente relacionados com a qualidade da água.
Em 2016 ele chamou a atenção de Julia Pelka, diretora de cinema que conta a história do sistema de monitoramento baseado em moluscos em Varsóvia em um documentário intitulado "Fat Kathy", exibido pela primeira vez em 2019. Na época a história viralizou na rede depois que um artigo incompleto foi publicado no Bored Panda.
As pessoas que lêem demais na internet aprendem a procurar sinais de alerta e descartar quaisquer "fatos" que pareçam incompletos. É uma coisa boa. Mas também há Tom Scott, que ganha a vida indo lá e descobrindo por si mesmo se algo que soa estranho é verdade ou não.
Então ele foi a Varsóvia para saber se a cidade usa mariscos para monitorar a qualidade da água. É realmente verdade! É como um sistema de alerta precoce que alertará especialistas humanos se a água precisar de testes mais completos.
A beleza do sistema é que ele é engenhoso, mas simples. O da cidade de Poznań trabalha desde 1994. Os moluscos são liberados após três meses de duro trabalho. Podemos pensar nisso como um gesto bonito, mas é feito porque eles se tornam resistentes à poluição da água.
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