'Por favor, evite lamber sapos', diz Serviço Nacional de Parques americano em aviso incomum

Caso você tenha vontade de passar a língua sobre um sapo selvagem o Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos avisa: "Por favor, evite lamber." O aviso, publicado pelo órgão na semana passada no Facebook, referia-se a cogumelos, lesmas-bananas e ao sapo do deserto de Sonora (Bufo alvarius). Encontrado em partes do Arizona e do Novo México, o anfíbio de aparência grande e gorda -adultos facilmente chegam a 190 mm de comprimento-, secreta toxinas poderosas que podem deixá-lo doente, mas também podem deixá-lo "chapado", devido a um alucinógeno chamado 5-MeO-DMT e bufotenina.

- "Como alertamos com a maioria das coisas que você encontra em um parque nacional, seja uma lesma-banana, um cogumelo desconhecido ou um grande sapo com olhos brilhantes na calada da noite, evite lamber", diz a mensagem incomum da agência.

Apesar dos riscos, nos últimos anos, algumas pessoas passaram a lamber as glândulas do sapo ou, pelos riscos envolvidos, fumam, injetam ou cheiram as secreções do anfíbio. O pobre Bufo alvarius cresceu tanto em popularidade, que a espécie é agora considerada ameaçada pelo menos no Novo México devido a "coletores" que querem se drogar com o animal. A experiência é as vezes descrita como similar a uma experiência de quase-morte.

Várias figuras públicas relataram experimentar as toxinas extraídas do sapo. A lenda do boxe Mike Tyson falou sobre isso, e alguns pesquisadores até começaram a estudá-lo por seus potenciais benefícios terapêuticos. O filho do presidente Biden, Hunter, escreveu sobre o uso terapêutico de 5-MeO-DMT como uma forma de tratamento de dependência (como assim tratar uma dependência com outra?).

A Administração de Repressão às Drogas dos EUA considera o 5-MeO-DMT como uma droga do Anexo 1, o que significa que atualmente não é aceito para uso médico e tem um alto potencial de abuso.

Os alucinógenos podem ser coletados em quatro verrugas brancas atrás do canto dos lábios e nas patas, conhecidas como glândulas parótidas que, quando pressionadas secretam o veneno de aspecto leitoso, peçonhento o suficiente para matar um gato ou um cão pequeno e causar irritação grave por simples contato com a mucosa.