Em setembro de 2004, no mesmo mês que o MDig foi lançado, um veículo operado remotamente (ROV) implantado no mar por pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey (MBARI) filmou um vídeo extraordinário que ganhou as manchetes em todo o mundo. Enquanto explorava a uma profundidade de 600 metros na costa da Califórnia, o robô capturou a primeira filmagem de um peixe-olho-de-barril, também conhecido como peixe-fantasma (Macropinna microstoma), a única espécie de peixe inserida no gênero Macropinna, pertencente à família dos opistoproctídeos. |
O peixe-fantasma é reconhecido por uma rara e transparente cúpula na cabeça, preenchida de fluído, através da qual se podem visualizar as lentes dos olhos, que têm uma forma de barril e podem ser rodados para apontar para frente ou para cima, olhando através dessa mesma cúpula.
Anteriormente, o peixe de olhos arregalados só havia sido encontrado morto, por isso desenhos antigos não mostram sua cúpula transparente, já que ela geralmente é destruída quando trazida para fora das águas das profundezas.
O peixe-olho-de-barril foi descoberto em 1939 pelo biólogo marinho William Chapman, em águas temperadas profundas dos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. Ele é restrito a águas oceânicas profundas por seus olhos tubulares sensíveis à luz. A presença deste peixe era praticamente desconhecida até 2004.
Graças ao vídeo do MBARI os cientistas descobriram que os olhos tubulares e telescópicos do peixe-fantasma podem girar sob sua viseira protetora, permitindo que o peixe olhe para cima, para frente ou para baixo.
- "O oceano é um ambiente 3D quase ilimitado. Então há uma pressão seletiva pela capacidade de escanear acima e abaixo.", disse Helen Scales, a famosa bióloga marinha, radialista e escritora britânica. - "Muito mais peixes como este provavelmente estão esperando para serem descobertos."
Originalmente, acreditava-se que os olhos tubulares desse peixe eram fixos e, portanto, forneciam apenas uma visão de túnel do que era visto acima de sua cabeça. No entanto, em 2008, os cientistas descobriram que seus olhos eram capazes de girar dentro do escudo transparente.
O peixe-olho-de-barril tem uma boca minúscula e a maior parte de seu corpo é coberta por grandes escamas. Ele normalmente fica quase imóvel na água, a uma profundidade de cerca de 600 metros, usando suas grandes nadadeiras para estabilidade e com os olhos voltados para cima.
Em condições de pouca luz assume-se que o peixe detecta a presa pela sua silhueta. Os pesquisadores do MBARI observaram que quando presas, como pequenos peixes e águas- vivas, são avistadas, os olhos giram como binóculos, voltados para a frente enquanto gira o corpo da posição horizontal para a vertical para se alimentar.
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